segunda-feira, 29 de junho de 2009

NATUREZA DO CONHECIMENTO CIENTÍFICO

O CONHECIMENTO E SEUS NIVEIS:

O homem não age diretamente sobre as coisas. Sempre há um intermediário um instrumento entre ele e seus atos. Não é possível fazer um trabalho científico sem conhecer os instrumentos, que se constituem em uma serie de termos e conceitos a serem analisados.
Nossas possibilidades de conhecimento são muitas e até, tragicamente pequenas, ou seja, sabemos pouquíssimos e aquilo que sabemos às vezes não estão claramente explicadas ou comprovadas. O nosso conhecimento é somente provável, existem certezas absolutas, incondicionais, mas estas são raras. O conhecimento é encontrado tanto em animais como no homem.
O conhecimento sempre apresenta dois lados, o sujeito cognoscente e o objeto conhecido. O pensamento é conhecimento intelectual.
Pelo conhecimento o homem entra em diversas áreas da realidade a partir de diversos entes. Pode ser através de um fato ou fenômeno isolado, de um contexto mais complexo para ver seu significado e função, sua natureza aparente e profunda, ou seja, sua estrutura fundamental com todas as implicações daí resultantes.
Com relação ao homem pode-se considerá-lo em seu aspecto externo e parente e dizer uma serie de coisas que o bom senso dita ou a experiência cotidiana ensinou ou estudá-lo mais profundamente, investigando experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções.
Têm-se, assim, quatro espécies de considerações sobre a mesma realidade: o homem, conseqüentemente o pesquisador está se movendo dentro de quatro níveis diferentes de conhecimento. São eles:

Ø Conhecimento empírico;
Ø Conhecimento científico;
Ø Conhecimento filosófico;
Ø Conhecimento teológico.

Conhecimento Empírico

O conhecimento empírico é o conhecimento do homem comum, sem formação, tem conhecimento do mundo material exterior e está inserido nele, interage com seus semelhantes buscando idéias e soluções que vão sendo passadas para eles de geração em geração, mas tudo isso sem comprovação especifica. Através desse conhecimento o homem simples trata de diversos males, tais como doenças, através de remédios feitos a base de ervas, porem nenhuma pesquisa científica foi feita para comprovar que esses “remédios” curam realmente esses males.

Conhecimento Científico

Já o conhecimento científico vai além do empírico buscando conhecer além dos fenômenos, mas também suas causas e leis.
Para Aristóteles o conhecimento só se dá de maneira absoluta quando sabemos qual a causa que produziu o fenômeno e o motivo, porque não pode ser de um outro método: é o saber através da experiência.

O conhecimento científico era caracterizado como:

1. Certo; porque sabe explicar o motivo de sua certeza.
2. Geral; no sentido de conhecer no real o que há de mais universal e válido para todos os casos da mesma espécie.
3. Metódico e sistemático; o cientista não ignora que os seres e fatos estão ligados entre si por certas relações.

A essas características acrescentam-se outras propriedades da ciência, como a objetividade, o desinteresse e o espírito crítico.
Hoje a concepção da ciência é outra. A ciência não é considerada algo pronto, acabado ou definitivo. Não é a posse de verdades mutáveis.
Por ser algo dinâmico, a ciência busca renovar-se e reavaliar-se continuamente. A ciência é um processo de construção.

Histórico do método científico:

As ciências, no estado em que se encontram atualmente, é o resultado de tentativas ocasionais, e de pesquisas cada vez mais metódicas e científicas nas etapas posteriores.
Cada época elabora suas teorias, segundo o nível da evolução que se encontra substituindo as antigas, que passam a ser consideradas como superadas e anacrônicas.
A ciência, nos moldes em que se apresenta hoje, é relativamente recente. Só na idade moderna da Historia adquiriu o caráter científico que tem atualmente. Entretanto desde o inicio da humanidade já se encontravam os primeiros traços rudimentares de conhecimentos e técnicas que constituiriam a futura ciência.
Aos poucos o método experimental é aperfeiçoado e aplicado em novos setores. No século XVIII desenvolve-se o estudo da química, da biologia e surge um conhecimento mais objetivo da estrutura e das funções dos organismos vivos. No século seguinte houve uma modificação geral nas atividades intelectuais e industriais. Surgem novos dados relativos à evolução, ao átomo, a luz, a eletricidade, ao magnetismo e a energia. Porém só no século XX, a ciência com seus métodos objetivos e exatos, desenvolvem as pesquisas em todas as frentes do mundo físico e humano, atingindo um alto grau de precisão principalmente nas navegações espaciais e nos transplantes e nos mais variados setores da realidade.
Porem muitas coisas ainda continuam e sempre continuaram sendo um mistério e claro motivo de pesquisas para os cientistas de todas as áreas.

Conhecimento Filosófico:

O conhecimento filosófico difere do cientifico pelo objeto de investigação e pelo método. O objeto da filosofia é constituído de realidades mediatas, imperceptíveis aos sentidos e que, por serem supra-sensíveis, ultrapassam a experiência.
O filosofar é interrogar, é um continuo questionar a si e à realidade. A filosofia é algo acabado, uma busca constante do sentido, de justificação, de possibilidade, de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o homem em sua existência concreta. A interrogação parte da curiosidade, ela é inata e constantemente renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela alguma coisa de um objeto e ao mesmo temos nos sugere o oculto, o mistério.
Filosofar é interrogar principalmente sobre fatos e problemas que cercam o homem concreto, inserido em seu contesto histórico.
A filosofia está sempre procurando compreender a realidade em seu contexto mais universal. Não há soluções definitivas para a maioria das questões, porém habilita o homem a fazer uso de suas faculdades para ver o melhor sentido da vida concreta.

Conhecimento teológico:

No conhecimento teológico os fatos não têm comprovação cientifica. Eles são adquiridos através dos estudos dos livros sarados. Isso tudo é baseado na existência de Deus.
Ao estudar essas escrituras o homem adquire sua fé e acredita que tudo que está ali é verdadeiro. Isso se constitui na fé teológica que é relativa a Deus e constitui o conhecimento teológico. Essas verdades são aceitas e consideradas fidedignas, com base na lei suprema da inteligência: aceitar a verdade venha de onde vier, contanto que seja legitimamente adquirida.

O trinômio: verdade - evidência - certeza:

A verdade:

Todos falam, discutem e querem estar com a verdade, porém, nenhum mortal é o dono da verdade. Isso porque o problema da verdade radica na finitude do homem, de um lado, e na complexidade e ocultamento do ser da realidade do outro. Pois o homem não entra em contato direto com o objeto, mas apenas com sua representação e impressões que causa.
Muitos progressos já foram feitos nessa busca constante da verdade, por exemplo, as conquistas tecnológicas, as viagens espaciais que mostram quanto já foi aprendido. Tudo claro graças os instrumentos científicos que o homem utilizou e utiliza para ver o que os sentidos jamais teriam visto.
A maior dificuldade do homem em alcançar a verdade é que o objeto nunca se manifesta claramente, também o homem não consegue perceber claramente todas as manifestações, por isso não é possível estar de posse plena do objeto. Por isso, o homem nunca conhece toda a verdade a verdade plena e absoluta.
Muitas vezes ainda, o homem é levado pelas aparências e sem o auxilio de instrumentos adequados, entra em juízos precipitados que não correspondes aos fatos e a realidade gerando assim erros freqüentes em nossa historia.

A evidência:

Evidência é manifestação clara, é transparência, é desocultamento e desvelamento do ser. Ms como nem tudo se desvela de um ente, não se pode falar arbritariamente sobre o que não se desvelou. A evidência, o desvelamento, a manifestação do ser é, pois o critério da verdade.


A certeza:

A certeza é o estado de espírito que consiste na adesão firme a uma verdade, sem temor de engano. Esse estado de espírito se fundamenta na evidência, no desvelamento do ser. Isto é, se o objeto se desvela ou se manifesta com suficiente clareza, pode-se afirmar com certeza, isto é, sem temor de engano, uma verdade.
Quando não houver evidencia ou suficiente manifestação do objeto, o sujeito encontrar-se-á em outros estados de espírito, o que deve transparecer também na expressão ou na linguagem. São os casos da ignorância, da duvida e da opinião. Ou seja,, tem que se ter uma evidencia, para que dela tenhamos certeza e só assim chegaremos a uma verdade.

Formação do espírito científico

O espírito científico começa, a partir da distinção dos níveis de conhecimento, esclarecidas as condições da verdade e do erro e aprendidas as técnicas da investigação cientifica ainda não será possível realizar um bom trabalho científico.
Essa atmosfera de seriedade que envolve e perpassa todo o trabalho só aparece se o autor estiver imbuído de espírito cientifico.

Natureza do espírito científico:

O espírito científico é antes de mais nada uma atitude ou disposição subjetiva do pesquisador que busca soluções séries, com métodos adequados pra o problema que enfrenta. É conquistada ao longo da vida, a custa de muitos esforços e exercícios, que na prática traduz-se por uma mente crítica, objetiva e racional.
A consciência critica leva o pesquisador a aperfeiçoar seu julgamento, capacitando-o a distinguir e separar o essencial do acidental, o importante do secundário.
Já a consciência objetiva torna o trabalho cientifico impessoal, tendo em vista que a objetividade é a condição básica da ciência, isso implica num rompimento de posições subjetivas, pessoais e mal fundadas, ou seja, ele passa a trabalhar com coisas concretas.
Só assim o espírito cientifico age racionalmente. As únicas razoes explicativas de uma questão só podem ser intelectuais ou racionais.
É esse espírito cientifico que torna possível uma experiência ser realizada por vários pesquisadores, fazendo com que os resultados sejam cada vez mais satisfatórios e
em alguns casos chegando-se bem próximo da verdade sobre um objeto ou fato pesquisado.

Qualidades do espírito científico:
O espírito científico se traduz no senso de observação, no gosto pela precisão e pelas idéias claras, na imaginação ousada, mas regida pela necessidade da prova. Assume a atitude de humildade e de reconhecimento de suas limitações e da possibilidade de erros e acertos.
O possuidor do verdadeiro espírito científico cultiva a honestidade, enfrenta obstáculos e os perigos que uma pesquisa possa oferecer, ou seja, não reconhece barreiras, defende o livre exame dos problemas.
A honestidade do cientista está relacionada, unicamente, com a verdade dos fatos que investiga.
Conquista lenta e difícil:

Todas essas qualidades e virtudes intelectuais existem desde que há homens sobre a terra, porém a ciência é uma aventura do espírito bem mais recente. Temos que reconhecer que o espírito científico é antes de tudo, um produto da história. É uma progressiva aquisição das técnicas que exigem pesquisas exatas e verificáveis.
Instituíram-se no mundo científico, costumes e leis que constituem o espírito científico. Criou-se um espírito de grupo onde o aprendiz de sábio é iniciado pelos veteranos, no espírito e tradições do grupo.

Importância do espírito científico:

O mais importante do espírito científico é que o cientista tenha consciência do seu trabalho, imbuindo-se do espírito cientifico para buscar aprimorar suas técnicas e seus estudos, estando preparado para solucionar todos os problemas que possam aparecer. Urge então o apelar do espírito da criatividade e da iniciativa, para achar as soluções mais indicadas em cada circunstância.
A ciência hoje em dia, não se resume na criatividade de um grande gênio. Todos têm que estar imbuídos do espírito científico para dar segmentos as diversas pesquisas existentes e que certamente irão aparecer.

4 comentários:

  1. Queria saber de algum conhecimento científico utilizado na natureza

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  2. Não é exatamente o que eu procurava , mas parabéns essa pesquisa tá ótima 👏muito boa mesmo e tirou dúvidas minhas 👍obgd .

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