segunda-feira, 29 de junho de 2009

HISTÓRIA DA ARTE

A arte registra as idéias e os ideais das culturas e etnias sendo, assim, relevante para a compreensão da história e do mundo.
Sabemos que na linguagem comum, o termo história da arte costuma referir-se à história das artes visuais mais tradicionais, como a pintura, escultura e arquitetura. E não temos bem as idéias sobre definição de arte, que tenham sofrido mudanças ao longo como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos criativos dos seus praticantes.
Em recentes tendências dos estudos históricos de arte, a partir de 1980, houve uma valorização das ideologias de determinados grupos sociais.
A arte rupestre é a primeira demonstração de arte que se tem notícia na história humana. Os desenhos eram realizados em peles de animais, cascas de árvores e principalmente em paredes de cavernas. Retratavam animais, pessoas e até sinais. Apesar de serem vistas como mal feitas e não civilizadas as figuras podem ser consideradas um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época.
O homem faz também uso de rochas ou pedaços de osso que se assemelhem a um determinado animal, tirando partido dessa associação e das características pré-existentes do suporte para criar uma escultura e, sobretudo compreende que a arte lhe possibilita uma relação mais estreita com a natureza e que ele próprio pode usar a sua representação para exercer influencia sobre o mundo que o rodeia. Mais tarde, quando começa a refletir sobre si próprio e o mundo envolvente passa progressivamente a representar imagens idealizadas ao invés de simplesmente imagens observadas.
Considerando que as pinturas descobertas em cavernas se encontram em locais de difícil acesso e não à entrada ao olhar de todos, pode-se supor que o objetivo não é proporcionar uma imagem impressionante acessível a todo o grupo a arte pela arte, mais antes seguir um ritual mágico. De qualquer modo não se pode eliminar totalmente a hipótese de um objetivo estético consciente.
Para alguns a “magia propiciatória” destinada a garantir o êxito do caçador. Para os estudiosos era a vontade de produzir arte.
Qualquer que seja a justificativa a arte preservada por milênios permitiu que as grutas pré-históricas se transformassem nos primeiros museus da humanidade.
A arte rupestre é uma maneira de representar a arte primitiva. Acredita-se que estas pinturas cujos materiais mais usados são o sangue, argila e excrementos humanos.
No entanto a idade das pinturas permanece em muitos sítios arqueológicos uma questão controvertida, dado que métodos como datação por carbono radioativo (carbono 14) podem levar a resultados errôneos pela contaminação de amostras de material mais antigo ou mais novo e que as cavernas e superfícies rochosas estão tipicamente atulhadas com resíduos de diversas épocas.
Contudo, como ocorre com toda a Pré-história é impossível estar seguro dessa hipótese devido à relativa falta de evidência material e a diversas lacunas associadas com a tentativa de entender o pensar pré-histórico aplicando a maneira de raciocinar do Homem Moderno.
Portanto as obras de arte da idade pré-histórica que sobreviveu até os dias de hoje são extraordinária relevância para a sociologia da arte não porque sejam porventura dependentes, num grau mais elevado das condições sociais, mas porque nos permitem discernir as relações entre padrões sociais e formas artísticas com muito maior clareza do que na arte dos períodos ulteriores. Pelo menos, em toda a história da arte não existe nenhum outro caso em que o nexo entre uma mudança simultânea nas condições econômicas e sociais seja elucidado com toda clareza quanto no processo de transição da primeira para a última idade da pedra.

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