segunda-feira, 19 de outubro de 2009

SOCIALISMO

domingo, 30 de agosto de 2009

OS POVOS GERMÂNICO E JUDEU/RESENHA: FILME “O MENINO DE PIJAMA LISTRADO

A trajetória desses povos apesar de terem se desenvolvida em épocas e estilos diferentes, tem algumas coisas em comum. O primeiro fator é no que se diz respeito a suas origens, pois ambos eram povos nômades que viviam pelo mundo tentando encontrar um lugar para se estabelecerem, e até hoje fica difícil para os historiadores precisarem a origem de ambos.
Os Judeus têm sua trajetória contada através de relatos bíblicos o que dificulta precisar verdadeiramente sua trajetória, o que se tem de concreto é que são um povo extremamente religioso e que se constituíram da junção das 12 tribos de Israel e que até hoje vivem lutando para conseguirem se estabelecer como nação, mesmo depois de terem seus direitos reconhecidos em 1948, porém o fato de viverem espalhados pelo mundo acabou lhes trazendo alguns problemas, ao longo da história foram perseguidos e muitas vezes massacrados tendo sido acusados de “crimes diversos”. O fato de viverem introduzidos em outros países faz com que se tornem um povo totalmente fechado, se relacionado entre si e seguindo a todas as suas tradições esse fato acaba por gerar descontentamento entre as pessoas de alguns países aos quais eles se alojaram e daí gera certos conflitos.
A trajetória Germânica não é muito diferente, se organizavam em tribos para combater e saquear outros povos e muitas vezes lutavam entre si eram conhecidos como Povos Bárbaros, sua origem também é motivo de discussão entre os historiadores, uma das teorias é que teriam surgido a partir do momento da invasão de Roma pelos Godos, assim se estabelecendo e deixando de serem nômade, outro grupo de especialistas no assunto alega que ocupavam as regiões escandinavas e bálticas e que, na Idade do Bronze, teriam recebido a contribuição de outros povos e adotado a língua indo-européia. O fato é que como os Judeus houve uma união entre as Tribos Bárbaras o que contribuiu para que eles se firmassem como um povo único.
A grande diferença esses povos está certamente no lado religioso, enquanto os Judeus são extremamente religiosos e segue a risca toda uma tradição bíblica os Germânicos não tinham tanta preocupação com este lado seus lideres religiosos eram dispersos e mantinha a unidade o que gerou a divisão e praticamente o fim dos arianos.
O fato de serem formados pela união de varias tribos diferentes gerou problemas principalmente governamentais em ambos os povos, o descontentamento com certos lideres geravam atritos internos o que ocasionou mais uma vez na divisão desses povos, porém os Germânicos conseguiram se estabelecer como Nação e os Judeus até hoje vivem lutando pela conquista definitiva e o reconhecimento de seu Estado.
Em relação ao que nos retrata o Filme O menino de pijama listrado, é o ponto de vista de cada povo num conflito desumano, os alemães acusavam os judeus e vice-versa, cada um mostrando ao seu povo o seu ponto de vista e as coisas ruins que seu “inimigo” fizera e poderia ainda fazer. Muitas vezes quando falamos em holocausto, campo de concentração, ou na 2º Guerra Mundial em geral, vem em mente o massacre sofrido pelo povo judeu, mas o que ocorreu para que os alemães tivessem tanto ódio dos judeus?
Durante a 1º Grande Guerra já existiam na Alemanha um grande número de judeus que na sua maioria estavam bem instalados e vivendo certa prosperidade financeira, por ser um povo totalmente ligado as tradições não se envolveram na luta alemã, com o fim da guerra e a derrota alemã o país ficou totalmente na miséria, os soldados foram dispensados e milhares de pessoas viviam sem ter o que comer, enquanto na parte judaica eles continuavam vivendo da mesma forma, pois detinha em suas mãos grande parte do Capital do país, tendo em vista serem donos da maioria do comércio e pequenas indústrias do país. Com a ascensão de Hitler este começou a acusar os judeus de serem os responsáveis não só pela derrota na Grande Guerra, pois não ajudaram o país com investimentos financeiros quanto com a miséria instalada, porque os mesmos só ajudavam-se mutuamente enquanto os alemães ficavam sem emprego e sem dinheiro e daí começou a gerar um grande ódio por parte do povo em relação aos Judeus.
No contesto do filme esse ódio fica bem explícito até mesmo entre as crianças, menos para os dois garotos que acabaram se tornando amigos. Porém para o garoto alemão “A fazenda” era um lugar onde as pessoas viviam bem sendo bem tratados e protegidos dos ataques dos inimigos de Guerra e isso ocorria não só na mente dele, mas também na mente de grande parte do povo alemão, pois eram divulgados vídeos falsos onde mostrava os Campos de Concentração como um lugar alegre e prazeroso, claro defendendo e “maquiando” o ponto de vista alemão. Porque na verdade o local era de tortura, sofrimento e morte, uma prisão de onde ninguém conseguia escapar.
Num âmbito geral é retratado um cenário de dúvidas, a maioria dos alemães tinha em mente que os Campos eram lugares bons e não sabiam o que realmente ocorria no seu interior, enquanto no seu interior os judeus se sentiam injustiçados e não entendiam direito o porquê de tanta revolta e perseguição.
Não podemos precisar quem tinha ou não culpa, quem estava certo ou errado, hoje vemos tudo com uma visão humanitária, pois milhares de pessoas foram executadas cruelmente nos Campos de concentração, sabemos com muito mais detalhes o que ocorreu e os motivos que levaram Hitler a perseguir e massacrar os Judeus, mas também temos o lado do Povo Judeu que sempre foi e ainda é perseguido com ou sem motivos pelos diversos países por onde passaram.
Para a historiografia cabe a missão de levantar o maior número de documentos possíveis que comprovem cada fato, para que possa ser levado ao conhecimento de todos e assim possamos tirar certas dúvidas e olharmos tudo analisando sempre o ponto de vista de cada um, pois tudo tem sempre dois lados, não podemos acusar os alemães e tratar os judeus como pobres injustiçados como também não podem inocentar os alemães tornando assim os judeus como sendo responsáveis diretos pelo o que aconteceu.
E isso não é somente para esse período histórico e sim para todos em geral, pois por mais que se saiba sobre a História, podemos ter certeza que muito ainda falta a ser descoberto, analisado e mostrado.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

ENTENDA COMO SURGIU O TRATADO DE KIOTO

O Tratado de Kioto é um instrumento para a implementação da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e tem como objetivo levar a que os países industrializados reduzam e controlem as emissões de gases que causam o efeito estufa em aproximadamente 5% abaixo dos níveis registrados em 1990, entre 2008 e 2012.
De acordo com informações do site do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), o Tratado de Kioto já foi assinado por mais 140 países de todo o mundo. À exceção dos Estados Unidos e da Austrália, todos os países desenvolvidos, e que atualmente estão enquadrados na exigência da redução de gases causadores do efeito estufa, já assinaram o documento e, portanto, estão sujeitos a penalidades no caso do não cumprimento da meta.
O coordenador do Programa de Planejamento Energético dos Programas de Pós-graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Emilio La Rovere, lembra que foi exatamente para facilitar o compromisso das metas estabelecidas para 2012 que os países signatários do documento criaram os mecanismos de flexibilização por meio dos quais os países ricos podem promover a redução fora de seu território, ou seja, comprando no mercado as RCEs (Reduções Certificadas de Emissões).
Foi essa alternativa que ficou conhecida como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), passando a ser as negociações de "créditos de carbono" a sua forma transacional, ou seja, a maneira como se pode vender e comprar essas reduções.
Antes mesmo da entrada em operação dos pregões da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, várias empresas brasileiras já estavam se habilitando ao mecanismo da troca de crédito de carbono ou procurando obter financiamentos para o desenvolvimento e a expansão de seus projetos. São empresas de siderurgia, papel e celulose, saneamento e recursos renováveis que disputam um mercado que cresce a níveis significativos anualmente e que deverá ser expandido ainda mais com a proximidade das datas metas fixadas pelo tratado, ainda na avaliação da Rovere.

TEORIA DA HISTÓRIA

As diversas maneiras de análises apresentadas pela Teoria da História, acima de tudo é uma forma de tornar o estudo da história cada vez mais interessante e de certa forma conflitante, tendo em vista as diferentes maneiras de se olhar e analisar o mesmo fato. Por se tratar de uma ciência não exata, ou seja, não se tem uma verdade absoluta, temos que analisar todos os levantamentos feitos do mesmo fato para que possamos assim chegar o mais próximo possível da verdade. Todas elas têm seu fundo de verdade, claro, cada uma exposta defendendo seu ponto de vista. Porém é fato que todas elas esbarram no mesmo problema, a falta de documentos verdadeiros (originais) que possibilitariam se contar melhor a história, outro fator crítico é que os documentos existentes foram escritos na maioria das vezes por uma única classe (a elite), isso faz com que tenhamos que recriar ou interpretar os acontecimentos ocorridos em certas épocas, tendo em vista que nenhum monarca, governante, membro do clero etc. escreveriam ou relatariam fatos que os prejudicassem moral ou pessoalmente.
O que se tem de concreto, é que não importa em que conceito foi escrita, o importante é nunca fugir do foco principal, para que os fatos ocorridos sejam sempre expostos da maneira mais clara possível. Os debates, as discussões, as críticas e diferentes análises só contribuem para que nos aprofundemos cada vez mais nos estudos, com isso cada vez mais nos aproximamos de uma verdade absoluta dos fatos históricos.

SENSO COMUM: CONHECIMENTO DA REALIDADE.

O senso comum de um modo geral é todo conhecimento que acumulamos e fazemos uso no nosso dia a dia, seja ele empírico ou assimilando termos e conhecimentos científicos, através deles nos sentimos vivos, próximos da realidade. Desta forma conseguimos realizar nossas tarefas cotidianas instintivamente. Esse conhecimento vai se formando lentamente com o passar dos anos, todas as pessoas fazem parte desse cotidiano independente do grau de instrução, ou seja, até mesmo os cientistas usam o conhecimento do cotidiano para elaborar suas teorias.
O conhecimento da realidade nos ajuda a realizar com simplicidade as tarefas cotidianas, das mais simples até as que poderiam parecer complicadas, pois muitas vezes realizamos ações que teoricamente necessitariam de cálculos e regras instintivamente, como atravessar uma rua, por exemplo. Podemos dizer que através do conhecimento que vamos adquirindo o senso comum cria suas próprias teorias, sempre com o intuito de facilitar nossas vidas. Ou seja, o senso comum utiliza todos nossos conhecimentos do empírico (passado de pai para filho) ao científico (comprovados em laboratórios e experiências), criando uma visão de mundo e assim facilitando nossas tarefas cotidianas.

A CIVILIZAÇÃO PERSA

A Civilização Persa
O Irã (atual nome da Pérsia) é um imenso planalto localizado na Ásia, a leste da Mesopotâmia, banhado ao note pelo mar Cáspio e ao sul pelo Golfo Pérsico e pelo mar de Omã.
Os Medos e os Persas
Co começo do século XVIII a. C., o Planalto do Irã foi invadido e conquistado pelos medos e pelos persas, povos de origem indo-européia, que penetraram na região pelo sul da Rússia. Os medos fixaram-se no norte e os persas no sul do planalto.
Quando os medos e os persas chegaram ao Irã, ainda não conheciam a organização política chamada Estado: organizavam-se em tribos pastoras e agricultoras e viviam num regime de comunidade primitiva.
Com a desagregação da comunidade primitiva, surgiram a comunidade privada, a escravidão e a divisão das sociedades em classes.
No século VIII a. C., as tribos medas se uniram dando origem ao reino da Média, um Estado forte cujo governo era monarquista absolutista.
O Império Persa
Ciro e Cambises (550-522 a. C.)
O processo de formação do Estado persa foi retardado pelos medos, pois durante muito tempo, os persas ficaram sob seu domínio, pagando-lhes tributos.
A unificação das tribos persas e a organização do Estado foi obra de Ciro, o grande, que venceu os medos tornando-se imperador desse povo e dos persas.
Com o império, desapareceu definitivamente o regime de comunidade primitiva que existia entre as tribos persas, aumentou a divisão da sociedade em classes, e a escravidão foi estimulada pelas conquistas de um Estado forte que submetia todas as tribos do Irã.
Ciro iniciou a formação do maior império da Antiguidade Oriental. Seus sucessores Cambises e Dario I complementaram suas conquistas e ampliaram o império cujo território se estendia até a Ásia Menos à Índia, englobando o Oriente Médio, incluindo o Egito.
A necessidade de conquistar outros povos e ampliar o Império se explica pelo extraordinário crescimento da população persa e pelos poucos recursos naturais da Pérsia, pois as terras férteis ali existentes não eram suficientes para atender às necessidades agrícolas dos seus habitantes.
Além disso, Ciro e seus sucessores imediatos aproveitaram-se da decadência dos outros impérios orientais para conquistá-los.
Vale destacar o tratamento dado por Ciro aos vencidos. Diferentemente dos assírios, por exemplo, ele não massacrava as populações dominadas. Pelo contrário, permitia a liberdade religiosa, respeitando os deuses e as crenças dos vencidos, e, em geral, concedia relativa autonomia às classes dominadas das regiões conquistadas.
Após a morte, Ciro foi substituído pelo seu filho Cambises, o conquistador do Egito.
Depois da conquista do Egito, Cambises, que pretendia conquistar Catargo – antiga colônia fundada pelos fenícios no norte da África - teve de voltar à Pérsia devido a uma série de lutas de independência, movidas por povos conquistados, e pelas tentativas internas de lhe tomar o trono.
Durante a viagem Cambises foi assassinado misteriosamente.
Dario I (521 – 486 a. C.)
A repressão às lutas internas e às revoltas nas províncias foi obra de Dario, um nobre de família de Ciro que se tornou imperador dos persas com o titulo de Dario I.
Dario I governou com vigor, mas com benevolência, sustentado por um forte e organizado exército.
Para facilitar a administração, Dario dividiu o império em várias províncias chamadas satrapias. Cada satapria era governada por um sátrapa, alto funcionário nomeado pelo imperador.
Os sátrapas tinham autoridade sobre a prática da justiça, a cobrança dos impostos e a administração das obras públicas. Entretanto, para impedir que os sátrapas abusassem do poder, Dario I nomeou, para cada satrapia, um general, comandante de tropas, e um secretário, que vigiava o sátrapa e mantinha o imperador informado sobre o que se passava na satrapia.
Sátrapas, generais e secretários, por sua vez, eram fiscalizados por inspetores conhecidos como “os olhos e ouvidos do rei”, que anualmente visitavam as províncias, acompanhados por uma poderosa guarda, a fim de investigar a conduta do governo das satrapias.
Para uma perfeita integração política e econômica, Dario I padronizou a moeda no império, criando o dárico. O dárico era uma espécie de moeda nacional que somente o rei podia cunhar.
Além disso, Dario I criou uma vasta rede de estradas, com o objetivo de integrar as diferentes regiões do império e de facilitar o comercio e o deslocamento das tropas, essas estradas ligavam principalmente as capitais do império: Susa, Sardes, Persépolis, Babilônia e Ecbátana.
O governo de Dario I marcou o apogeu do Império Persa e o início de sua decadência.
Embora Dario I, ao contrário de Ciro e Cambises, não desse muita ênfase às guerras de conquista o Império Persa, cada vez mais poderoso não podia deixar de se expandir. Essa inevitável política imperialista fez com que Dario se voltasse contra a Grécia, incorporando a Cítia, a Trácia e a Macedônia. Pouco depois, entretanto, as expedições de Mardônio (492 a.C.), Dantis (490 a.C.) e Xerxes (480 – 479 a.C.) fracassam completamente. Nos campos de Maratona, os célebres arqueiros persas sucumbem às falanges gregas. Animados, estes articulam novas manobras, reconquistando a Trácia, Chipre e todas as províncias da costa asiática. Em Platéia e Salamina, os gregos diziminam a esquadra persa a esquadra persa. Essas batalhas, que marcam o início da desintegração do império sonhado por Ciro, transferem o centro de gravidade do mundo para o Mar Egeu, relegando Susa e Babilônia ao segundo plano. Em 413 a.C., a Pérsia, aliada a Esparta, intervém na Guerra do Peloponeso, tomando posição contra Atenas. Terminado o conflito, persas e espartanos se desentendem sobre a questão das presas de guerra. O que leva a entrar em luta. Esse atrito enfraquece ainda mais o Império Persa, que, extremamente debilitado, vê recrudescer na Ásia Menor a revolta dos sátrapas. Após a morte de Artaxerxes III, em 338 a.C., sobrevém a catástrofe definitiva.
Finalmente, em 330 a.C., o império foi conquistado pelos gregos e macedônios, chefiados por Alexandre, o Grande, rei da Macedônia. O poderio Persa só seria restabelecido no séc. III da Era Cristã.
Economia e Sociedade
A base da economia persa foi à agricultura. A grande massa rural camponesa trabalhava nas extensas áreas de terra pertencentes às famílias aristocráticas.
Os camponeses eram responsáveis pela produção agrícola nacional, mas viviam miseravelmente, submetidos a um regime de servidão coletiva, sendo obrigados a entregar parte do que produziam para os senhores donos da terra. Além disso, eram obrigados a trabalhar de graça na construção de obras públicas como palácios, estradas e canais de irrigação.
O governo sugava a sociedade, cobrando altos impostos para sustentar sua luxuosa corte sua burocracia e seu exército.
Outra atividade econômica importante foi o comércio, realizado principalmente com a Fenícia, o Egito e a Índia.



Religião
A religião foi à realização cultural mais original e duradoura dos persas. Criada por Zoroastro ou Zaratustra, que vivera provavelmente no século VIII a.C., a religião persa admitia a existência de duas divindades que regiam o mundo: Aúra Masda e Arimã.
Aúra Masda era o deus da luz e do bem, o criador do céu, da Terra e do homem. Arimã era o deus das trevas e do mal. Aúra Masda e Arimã viviam em eterna luta, disputando a supremacia do universo.
Como o bem e o mal tinham a mesma força, era preciso que o homem agisse sempre com bondade, justiça e retidão, para que Masda finalmente triunfasse sobre Arimã e salvasse o mundo das forças do mal.
Essa religião dualista (luta entre o bem e o mal) era chamada masdeísmo, em homenagem a Masda, ou zoroastrismo, em homenagem ao seu fundador. Seus princípios religiosos estão contidos num livro sagrado chamado Zend-Avesta.
Os persas acreditavam numa vida após a morte, na imortalidade da alma, no juízo final e na vinda de um messias (salvador). Não construíam templos nem esculpiam estátuas de Masda, para adorá-lo. Apenas mantinham aceso o fogo sagrado que simbolizava a pureza e a luz de Aúra Masda.
Devido aos seus princípios morais e as suas pregações, o zoroastrismo influenciou largamente o cristianismo, o judaísmo (religião monoteísta criada pelos hebreus) e o islamismo (religião mulçumana criada por Maomé).
Artes
Observando as ruínas arquitetônicas e os baixos relevos da antiga Pérsia, concluímos que a arquitetura e a escultura daquela civilização eram formadas por uma combinação de elementos egípcios, babilônicos e assírios.
A arquitetura voltou-se quase que exclusivamente para a construção de palácios, pois os persas não construíram templos para o culto religioso.
Na escultura, de influência assíria, destacam-se os baixos relevos com função decorativa.
Vale, entretanto frisar que os persas foram importantes divulgadores das realizações intelectuais, das técnicas e das invenções dos povos que conquistaram.
Os persas apenas tiveram uma arte real, sem grande originalidade, pois o Irã não tinha tradições: e os diversos povos do império contribuíram com materiais, artesãos e técnicas, para a construção dos palácios.

RESENHA: FINLEY, Moses. “História Antiga; Testemunhos e Modelos”. São Paulo, Martins Fontes, 1994

Em sua primeira análise o autor destaca como a história passou ser mais bem compreendida a partir da escrita, e fez uma breve análise de como eram considerados os fatos arqueológicos.
No que se diz respeito à originalidade e a veracidade das fontes primarias, o autor faz vários comentários, porém como podemos afirmar com certeza que o conteúdo de um papiro, ou qualquer fonte escrita é real ou fictício. Em relação a isso achamos que ate a opinião do autor é um pouco vaga e contraditória, o fato de haver lacunas entre grandes períodos não implica que não se tenha havido relatos, podem simplesmente terem sido destruídos, perdidos, etc. Quem é capaz de afirmar com certeza que não houve relato nenhum?
Afirmar também que essas lacunas foram preenchidas com histórias fictícias achamos ser um pouco vago, pois como em todos os lugares e em todas as épocas sempre existiram varias formas literárias. Achamos que afirmar desta forma deva ser um pouco radical.
Quanto a se dizer que “padecemos de um mal incurável, a falta total de fontes primárias”, isto não tem como contestar, por mais que se encontrem essas fontes sempre estará faltando alguma coisa.
O autor destaca sempre com ênfase a falta de fontes e ao mesmo tempo colocando em dúvidas as existentes. Neste ponto concordamos com algumas coisas e discordamos de outras. No que se diz respeito à falta de fontes e notório concordarmos. Porém voltamos a dizer que por mais que se estude e que se descubra novos relatos históricos, não podemos dizer com a certeza relatada pelo autor que esse seja real ou fictício.
O fato de se encontrar mais relatos sobre uma determinada época ou sobre esse ou aquele imperador, rei, governante etc., pode entre muitas outras análises significar que eles só relatavam ou guardavam somente aquilo que eles achavam importantes. Quem pode afirmar realmente que isto ocorreu ou não que se relatou ou não? Cremos que ninguém. Achamos também um pouco vago afirmar que os poemas de Horácio na sua maioria são fictícios. Poderia ser apenas a sua maneira de relatar os fatos. Querer também saber com certeza o que este ou aquele rei falou na integra em um discurso, cremos ser um pouco de preciosismo.
Vamos tentar fazer uma análise mais global do assunto sobre a falta de fontes primarias, para não sermos tão repetitivos. Sabemos da falta dessas fontes, porém achamos que os documentos encontrados são analisados muito minuciosamente, não que isso seja um erro, mas tentar afirmar que este ou aquele tipo de relato é real ou fictício achamos um pouco de preciosismo, porque é quase impossível tentar deduzir a forma como foi relatado certo fato. Isso já ultrapassa a barreira entre analisar os fatos e tentar adivinhar como cada um os relatava. No mundo contemporâneo vários fatos iguais são relatados de formas diferentes, utilizando-se de várias formas literárias. Quem é capaz de afirmar que isso também não ocorreu na antiguidade? Será que os poemas não eram apenas uma forma de tornar mais interessantes os relatos? Será que Tácito, Suetónio e Dião Cássio que embaralharam os relatos sobre o grande incêndio de Roma, ou os pesquisadores é que não conseguiram em um consenso na hora de decifrá-los? O fato é que por mais que se estude e se análise sempre haverá contradições entre os historiadores.
No que se diz respeito à arqueologia o autor faz uma comparação entre o clássico e o moderno, ele descreve com coerência. Concordamos com as análise e relatos aqui colocados pelo autor nesta parte cremos que não há um grande confronto de idéias, afinal a arqueologia se baseia em materiais encontrados, tais como cerâmicas, fosseis e diversos outros e com as novas técnicas está cada vez mais fácil tentar precisar a idade dos achados. Porém como acontece com as fontes escritas, muitos desses achados deixam dúvidas entre os pesquisadores, sendo difícil precisar algum fato. Claro que a arqueologia não tem como objetivo relatar fatos ocorridos e sim decifrar através dos materiais encontrados como eram os modos de vida de certos povos.
Achamos que um dos fatores que atrapalham tanto os estudos históricos e principalmente arqueológicos foi a “invasão” de certas áreas por pessoas que não tinham o intuito de pesquisar e sim de obter objetos com valor comercial. Assim achamos que várias fontes históricas que poderiam esclarece ou complementar algum fato possam estar nas mãos de antiquários, colecionadores etc. sem que tenham sidos analisados de forma coerente.
Podemos concluir dizendo que apesar de algumas dúvidas e diferenças de pensamentos o texto do autor e muito esclarecedor e apesar de técnico, de fácil compreensão. As dúvidas e incertezas, tais como o conflito de idéias sempre ocorreu e sempre ocorrerá no estudo das fontes primárias (documentos) ou arqueológicas. Podemos dizer que estes conflitos é que tornam esses estudos fascinantes.

RESENHA: O que é educação: Carlos Rodrigues Brandão: Editora Brasiliense, São Paulo: 32º edição 1994, Coleção Primeiros Passos,

O livro em questão mostra de forma bem clara todos os caminhos percorridos pela educação. Podemos através de ele tirar algumas dúvidas e claro muitas conclusões. Ele nos mostra que a educação não é basicamente a escola, ou seja, a educação formal, pois no passado a educação formal era muito restrita, ou seja, a educação era mais familiar ou tribal. Sendo assim podemos atestar que tudo que aprendemos seja na escola ou não faz parte da educação. As aldeias educavam suas crianças de acordo com as suas necessidades de sobrevivência, por isso não podemos jamais criticar os hábitos e costumes desses grupos, pois eram dessa forma que conseguiam e consegue viver, seus jovens aprendiam a caçar pescar, construir suas próprias moradias, as técnicas do artesanato e as crenças de seu povo.
O livro nos permite entender como a educação formal começou a ser criada há séculos atrás na antiga Grécia. A formação dos jovens gregos era no início feito em determinadas cidades, para certo grupo de jovens, porém foi na antiga Grécia que surgiram os primeiros “pedagogos”, que na época acompanhavam os filhos dos nobres pelos caminhos da educação formal, e foi lá também, que surgiram as primeiras escolas.
A educação sempre foi e continuará sendo um grande dilema para a sociedade. Muitos filósofos, sociólogos e pensadores do passado tiraram suas conclusões e fizeram afirmações sobre a educação, (como nos mostra o livro) uns a favor outros um pouco mais restritos, porém tudo isso ajudou e muito para a evolução da educação tanto formal quanto informal. O texto nos mostra algumas frases e teorias de alguns desses “sábios”, que contribui para que possamos entender todos os caminhos evolutivos da educação. Dentre todas as frases mostradas no livro, conseguimos concluir como foram árduos os caminhos, pois no início, passando pela idade média e chegando ate bem próximo dos nossos tempos à educação formal era restrita a uma pequena minoria, e a educação informal aquela aprendida na família e nas tribos muito discriminadas e vistas como inúteis por aqueles que tinham acesso a formal. Porém ao lermos esse livro descobrimos que certas aldeias indígenas tinham verdadeiras escolas e universidades para a formação de seus jovens, lugares onde eles passavam o dia, exercitando suas vocações e descobrindo seus dons.
Ele nos mostra também as dificuldades encontras em se educar, na idade media, por causa do grande domínio da igreja na época, e onde a educação formal era restrita aos membros da nobreza e do clero. Só com o passar dos anos e com as grandes revoluções que aconteceram no mundo à educação foi se estendendo a todas as camadas e foram surgindo às escolas e faculdades e é claro isso aconteceu e muito também em nosso país.
Podemos analisar que o grande dilema e as velhas discussões sobre educação sempre estarão em evidência, e por mais que melhore sempre estará faltando alguma coisa tendo em vista que vivemos em uma sociedade mutável, ou seja, estamos sempre evoluindo. Nesse sentido o livro nos deixa algumas perguntas no ar, o que nos faz pensar e analisar muito sobre tudo o que aconteceu e acontece e acontecerá no mundo da educação. Analisando o livro como um todo e fazendo uma ampla reflexão podemos chegar a várias conclusões sobre o que é educação, e tenho certeza que uns mudarão sua opinião atual e outros confirmarão suas certezas. O que posso concluir sobre tudo isso é que este livro nos mostra bem claramente como tudo ocorreu dentro da educação tanto formal e informal e qualquer pessoa que fizer a sua leitura entenderá e aprenderá muito sobre esse universo fascinante chamado “EDUCAÇÂO”.

OS PENSAMENTOS DE VARNHAGEN E ABREU E LIMA

Vamos tentar fazer uma análise simplificada de quem foram esses personagens da História Brasileira.
Varnhagen foi um historiador e um dos percussores do IHGB, porém como historiador era muito enfático, por ter relações diretas com a Coroa e de ter sido nomeado diplomata peã mesma, Varnhagen tinha acesso facilitado a documentos e assim fazia a compilação dos mesmos, isso serviu e muito para historiadores futuros. Varnhagen chegou a ser chamado “Heródoto brasileiro”. Olhando o lado historiador, podemos dizer que ele deixou muito a desejar, pois ele sempre escrevia a história sempre exaltando a Coroa, fazendo dos mesmos os heróis, “mocinhos”, que tinham sempre as melhores das intenções, mas, e o outro lado? Será que eram tão ruins assim?
O fato é que para o egocentrismo europeu da época, quem não se adequava aos seus padrões eram considerados bárbaros, sem cultura, ou seja, não eram civilizados. Em seus relatos sempre engrandecia os colonizadores e seus grandes feitos e as dificuldades encontradas por eles ao tentar “civilizar esta nova terra”. Chegou a afirmar que seria difícil o Brasil avançar, pois os povos que aqui viviam eram tidos como vagabundos, falsos, ingratos, etc., por não aceitarem “a grande contribuição e evolução trazida por eles”.
Em trechos narrados, Varnhagen afirma que foram os índios que atacaram os Portugueses comendo dois tripulantes de um navio em 1501. Se é verdade ou mentira, não podemos afirmar, o fato é que como você reagiria se estivesse tranqüilo levando sua vida na sua comunidade e chegasse um monte de gente estranha, “invadindo” seu território?
Podemos concluir que mesmo assim Varnhagen contribuiu e muito para a história brasileira, pois suas compilações de documentos originais puderam ser analisadas e reavaliadas por outros historiadores, assim esses documentos não se perderam no tempo como certamente aconteceu com outros diversos. Porem como historiador, apesar da história ser bilateral, ou seja, sempre ter dois lados, sua posição diplomática fez com que ele jamais olhasse o outro lado seus relatos sempre exaltaram os colonizadores, ou seja, contava a historia que os europeus queriam ouvir.
Quanto a Abreu e Lima sua passagem como historiador é um tanto difícil de se levantar, tendo em vista que sua vida se destacou mais pelos feitos nos campos de batalha, principalmente ao lado de Simon Bolívar, participando diretamente da independência da Venezuela e Colômbia, recebendo o título de “General do Povo”. Em algumas citações a seu respeito feitas em espanhol diz o seguinte: “General Abreu e Lima um general pouco conhecido em seu país”.
A relação de Abreu e lima com seu o Brasil foi um pouco conturbada, principalmente quando teve de assistir o fuzilamento de seu pai em praça publica. Ele também tinha idéias tidas como absurdas para a época, como: o casamento civil, a separação da Igreja do Estado e o do Socialismo.
Voltando para o lado de historiador uma das grandes dificuldades dele foi que quando ele escreveu seu livro Compendio da História do Brasil outros historiadores que já disputavam de certa forma entre si o posto de grande historiador. Seu livro sofreu fortes críticas ao ser oferecido ao IHGB, Varnhagen o considerou como plágios do livro do Frances Beauchamp, que já era considerado um plagiam do livro de Southey, “History of Brazil”.
As idéias de Varnhagen e Abreu e Lima não se digladiavam somente neste episódio, elas divergiam quanto à divisão da História do Brasil, em outro capítulo, defendido por Abreu e lima condenada por Varnhagen.
Apesar de todas as divergências o livro “Compendio da História do Brasil” foi considerado muito didático e usado durante anos no Imperial Colégio Pedro II e em diversas outras instituições.
Num contexto geral podemos dizer que mesmo com todas essas polêmicas, disputas e conflitos entre seus pensamentos, ambos foram de vital importância para a construção da História do Brasil. Pois com certeza suas obras servem ate hoje de base para diversos autores.

O QUE FAZ O BRASIL, BRASIL?

No que podemos observar é que o autor faz uma distinção de como somos um brasil material, simples, digamos conhecido e um Brasil de raças, cheio de particularidades, muitas vezes desconhecido até mesmo por nós brasileiros. Faz atribuição do Brasil como “um Deus, presente em todos os lugares”, mas desconhecido, pois sabemos que existe, ou cremos que existe, mas não o conhecemos como um todo, com isso ele começa a nos mostrar as particularidades de cada brasileiro, em cada Região, Estado ou Município, e como somos iguais e diferentes ao mesmo tempo, numa grande distinção social. Podendo assim distinguir de onde vem um brasileiro apenas pelos seus hábitos, o que gosta de comer, ouvir e seu jeito de falar.
Com isso podemos entender que na visão do autor somos um conjunto de fatores que nos formam e nos distinguem de todas as outras nacionalidades e sermos sempre reconhecidos onde quer que estejamos. Seguindo uma série de regras sociais, porém dando um toque todo especial, que nos faz serem únicos iguais e diferentes ao mesmo tempo.
Quando relaciona “A casa, a rua e o trabalho”, ele deixa vir à tona como somos duas pessoas distintas, uma em casa seguindo regras e impondo nossas vontades fazendo dela nosso refúgio e moldando-a como queremos que seja, onde deixamos vir à tona nosso “poder” perante aquele grupo. Porém, nos mostra como somos insignificantes de certo modo ao deixarmos nossa fortaleza e assim passamos de dominante a dominado, sendo somente mais um na multidão.
É bem claro também na visão do autor como somos hipócritas, em casa somos cheios de moral, de regras, impondo o que é certo e errado, enquanto que na rua certos valores são deixados de lado, buscando prazeres e diversões, fazendo coisas que condenamos duramente se feitos por alguém em nossa casa.
Ao relacionar “Comidas e Mulheres”, nos é mostrado como relacionamos no nosso dia-a-dia esses dois elementos tão indispensáveis em nossas vidas, levamos de forma única termos que para outras nacionalidades seriam simplesmente o ato de se alimentar, para expressar o nosso cotidiano, fazendo metáforas só compreendidas por nós brasileiros, a comida deixa de ser alimento e passa a ser expressões que nos caracterizam e nos ajudam a se expressar dentro de nossa sociedade.
É-nos passado também pelo autor, como relacionamos comidas com mulheres, de forma não proposital, mas sim instintiva, pois já faz parte do nosso cotidiano, distinguindo-as, temos então a mulher alimento que é necessária e nos espera sempre em nossa casa, num relacionamento formal e cheio de regras e composturas. E temos a mulher comida, na rua onde a buscamos apenas para satisfazer nossos desejos momentâneos, sem pudor, nem vergonha.
Podemos concluir que “O que faz o brasil, Brasil?, segundo o autor é um conjunto de fatos e fatores levados em nosso cotidiano não propositalmente, mas instintivamente, que nos diferencia do resto do mundo por não termos um estilo único e sim vários estilos dentro de um mesmo povo. Fato que só é possível graças a pluralidade de raças aqui existentes, mistura essa que nos faz tão iguais e tão diferentes ao mesmo, porém sem nunca deixarmos de ser brasileiros.

O OPERÁRIO DO SÉCULO XIX

INTRODUÇÃO
No século XIX, problemas relacionados ao campo e com o avanço da industrialização e aberturas de novas fábricas houve uma grande migração para as cidades. As pessoas vinham atraídas por promessas de trabalho com recebimento de salários que mudariam suas vidas.
Realmente mudou as cidades não estavam preparadas para receber tantas pessoas e não havia vagas nas empresas para todos, o que gerou um grande problema social. Outro fator determinante era a habitação, pois com a migração desordenada não houve preocupação em se criar áreas destinadas a essas pessoas, que foram se aglomerando em locais sem nenhuma infra-estrutura, formando-se vilas e cortiços por todas as partes das cidades.
Com isso causou-se um impacto na vida de todos, pois eles procuravam se instalar geralmente próximos a fábrica independente de se fosse ao centro ou não das cidades. Essas habitações geralmente eram alugadas aos operários, e como os mesmos ganhavam muito pouco era normal realizarem uma “fuga” as vésperas do dia do pagamento do aluguel.
Com o passar do tempo foi sendo atribuída a essas habitações onde se aglomeravam o maior número de pessoas possível em um pequeno espaço, a causa de algumas doenças e epidemias que assolaram algumas cidades, fazendo com que autoridades criassem medidas para regulamentar e demolir algumas dessas construções. No caso das demolições as pessoas eram jogadas na rua sem ter para onde ir.
Vários foram os problemas enfrentados pelos operários do século XIX, porém vale ressaltar que mesmo com a evolução e todas as mudanças ocorrida até os dias de hoje em todas as áreas , os trabalhadores continuam sofrendo os mesmos problemas como, desemprego, falta de moradias dignas, baixos salários, ou seja a vida de quem trabalha continua sendo dura sem o retorno merecido.


OS OPERÁRIOS, A MORADIA E A CIDADE NO SÉCULO XIX

O operário do século XIX, em grande parte vinda do campo ou do subúrbio, vendo seu tempo ser tomado por longos trajetos da fabrica a residência, onde a maior parte desse tempo teria que ser dentro da própria fabrica, devido a uma longa jornada de trabalho, sente a necessidade de morar perto do local de trabalho, não levando em consideração a qualidade de moradia, mas a facilidade de morar dentro do centro urbano onde sua vida fica mais fácil como morador da cidade, embora este não necessariamente fosse unicamente operário, mas também pequenos prestadores de serviços e comerciantes ambulantes, que passam a se aglomerar em amontoados de residências, com baixo padrão, onde se leva muito em consideração o custo do aluguel pois representava uma grande fatia do orçamento, de salário naturalmente achatado, ocasionado o surgimento de surtos de doenças face ao ambiente oferecer um quadro lastimável de higiene, sem saneamento básico e a mínima estrutura habitacional, surgindo assim a afigura do cortiço.
A questão da moradia do operário no Séc. XIX e inicio do Séc. XX, é uma problemática existente na Europa em especial na França, como também no Brasil, sendo o Rio de Janeiro um palco de episódios e fatos inerentes a este assunto, O Cortiço (Aluízio Azevedo), obra que retrata um dos maiores cortiços como Cabeça de Porco.
A moradia para o trabalhador urbano sempre foi um dos maiores problemas no orçamento familiar, no século XIX em Paris não ultrapassava a 12%, já no século XX, varia de 10 a 20% da renda operaria, ocasionando diversas mudanças comportamentais de moradia para esse trabalhador, em muitas vezes o não cumprimento dos acordos de locação, as mudanças no dia do vencimento do aluguel, os protestos de inquilinos contra os locatários, proprietários de cortiços, as constantes mudanças de moradia, tornando os operários quase que nômades, arranjando assim uma maneira de amenizar a grande despesa, mas tão necessária para que o mesmo pudesse habitar dentro dos centros urbanos, onde sonha com uma vida melhor um lar digno com condições mínimas necessárias, após verificar a não realização desse sonho, passa a ser um grande motivo de descontentamento por parte dos trabalhadores, ocasionando manifestações diversas em oposição aos “Donos”, pedindo melhoria nas moradias, chegando a formar sindicatos de locatários em 1912.
O agravamento das superpopulações nos centros urbanos deu se principalmente em decorrência da Grande Depressão, falência de empresas, ocasionadas por produção sem mercado consumidor, gerando desempregos instabilidade social, forçando os governos a tomarem medidas protecionistas nos anos 1882-1890, onde os camponeses deixam a terra e migram para as grandes cidades, especialmente Paris, ocasionando uma, grande população urbana, tomando o espaço público, as locando compartimentos para solteiros, mas com o aumento progressivo, as residências passam a ser comum para mais de uma família, diminuindo a qualidade de vidas e as condições mínimas de salubridades para uma grande metrópole, esta superpopulação passa mais tarde a ser acusada de causadora de propagação de doenças ocasionadas por contágios.
A gravidade do problema do aluguel, e um dos elementos, e levou a criação da Comuna de Paris, movimento revolucionário, que se opunha a Assembléia Nacional, favorável à rendição da França ante Prússia que em defesa do trabalhador, fez com que o um dos primeiros atos do Governo Republicano (Revolucionário) em 1870, foi uma moratória dos alugueis.
Todo esse inchaço nas cidades mudou e muito na paisagem urbana da época, pois as pessoas se instalavam em qualquer lugar formando vilas de casas e barracos sem nenhuma estrutura, as cidades não tinham infra-estrutura, os serviços básicos não chegavam até essas pessoas.
No Brasil a questão foi agravada com a Abolição da Escravatura, os negros não tinham para onde ir e foram se aglomerando nas vilas e cortiços das cidades isso fez com que aumentasse ainda mais o número desses tipos de habitações, o pior para as autoridades é que esses cortiços se localizavam geralmente nos centros das cidades.
A aglomeração e a falta de saneamento básico e água encanada desencadeou uma série de problemas relacionados à saúde publica, foram registrados na época no Brasil varias epidemias, todas relacionadas à existência das vilas e cortiços. Isso fez com que as autoridades tomassem medidas contras essas habitações, algumas leis foram criadas e os cortiços aos poucos foram sendo banido das cidades, o pior é que as pessoas eram praticamente expulsas de suas casas, sem ter para onde ir foram se aglomerando mais uma vez de forma irregular e sem o mínimo de infra-estrutura, só que dessa vez nos morros e bairros afastados, começando assim o surgimento das favelas.
Uma diferença em relação aos dias de hoje, onde as pessoas estão cada vez mais lutando pelo direito de ter uma moradia digna, no século XIX, as pessoas além de enfrentar dificuldades no trabalho e morar em locais sem a mínima condição de se viver, tinham que lutar pelo direito de usufruir dos locais públicos, pois na época alguns locais mesmo sendo públicos eram restritos a certas classes o que aumentava o sofrimento das pessoas.
Em meio a tantas desigualdades e exploração do trabalho dos mais pobres surge em Salvador um exemplo de que seria possível o industrial darem condições melhores aos seus funcionários.
Em março de 1891, o empresário baiano Luiz Tarquínio, juntamente com mais dois sócios fundou na cidade de Salvador a Companhia Empório Industrial do Norte – CEIN, um empreendimento inovador e considerado ousado pelos conterrâneos do período.
A CEIN despertou atenção por seu tamanho, pelas inovações no maquinário adotado e pelo propósito de produzir tecidos até então não fabricados no Brasil. Todavia, os aspectos que despertaram maior interesse foram à construção de uma vila para abrigar os funcionários e o tratamento dispensado ao conjunto dos empregados. A vila, anexa à fábrica foi inaugurada em maio de 1892. A forma específica de organização do trabalho, a higiene, o incentivo a educação formal, as casas alugadas para moradia dos empregados com água canalizada, esgoto, luz elétrica e gasogênio numa vila que contava com açougue, gabinete médico e creche explicam a surpresa naquele momento. Em um período dominado pelo inicio de um capitalismo selvagem onde os lucros estavam acima de tudo essa atitude pegou a todos de surpresa, e nos deixa um duvida, não seria possível que pelo menos uma parte dos empresários da época pudesse tomar uma atitude parecida para melhorar a vida de seus funcionários? Ou será que o dinheiro estava acima de tudo? Isso é uma questão difícil de responder o fato é que a grande maioria só estava preocupada com seus lucros e quantos mais pudessem ganhar explorando aqueles que nada tinham o faziam.
Todos esses problemas enfrentados pelos operários do século XIX não são diferentes dos enfrentados com o passar dos tempos, houve uma evolução lógica, muita coisa mudou, criaram-se leis, o avanço tecnológico tomou conta das fábricas, porém no que se diz respeito à igualdade social e respeito pelo trabalhador muito coisa continua do mesmo modo. No que se diz respeito à moradia, a grande maioria da população continuam morando em bairros sem infra-estrutura, as favelas estão cada vez maiores, e as pessoas não têm direito a moradia, saúde, educação e outros direitos mínimos.
Os empresários de hoje como os do passado estão mais preocupados com os lucros, do que com o bem estar dos funcionários, os salários são baixos e o desemprego é cada vez maior, pois, houve um aumento populacional muito grande, e com as novas tecnologias as maquinas substituem a mão-de-obra humana o que só agrava o problema. Com isso os índices de pessoas que vão parar nas ruas só aumentam juntamente com a criminalidade e a prostituição.
Com isso podemos dizer que o mundo evolui e em todos os aspectos inclusive nos problemas sociais que assolam a todos.

ANALISE CRÍTICA SOBRE OS CAMINHOS EVOLUTIVOS DA EDUCAÇÃO TENDO COMO BASE O FILME “O NOME DA ROSA”

A educação sofreu várias mudanças através dos tempos, apesar ainda de estar longe do ideal, principalmente em nosso país, devido às diversas falhas e certo desinteresse por parte de nossa classe política. Mas vamos fazer primeiro uma análise através dos tempos.
Na antiguidade a educação era de certa forma restrita aos nobres, em algumas sociedades como a grega existiam cidades que educavam para uma determinada área, como Esparta, por exemplo, que educava e treinava seus jovens para serem grandes soldados, porém não era qualquer jovem que podia fazer parte dos exércitos espartanos, eles tinham que ser perfeitos fisicamente, qualquer deficiência o jovem era rejeitado pelos espartanos, ou seja, a descriminação a alguma pessoa somente pela aparência sem tomar conhecimento se tinha alguma outra habilidade que pudesse vir a suprir essa deficiência já acontecia há séculos atrás.
Na Idade Média o ensino era restrito aos nobres, que tinham seus filhos educados na maioria das vezes por membros do clero que tinham grande poder sobre praticamente tudo na época, as pessoas eram praticamente obrigadas a aceitar tudo o que a igreja impunha. Era ela que determinava o que era certo e o que era errado, pois quando alguma pessoa questionava ou se opunha a alguma decisão da igreja era julgada como herege e condenada a morrer queimada nas fogueiras da “Santa Inquisição”. E o pior é que as pessoas eram torturadas e obrigadas a confessar em público um erro que não havia cometido.
Nessa época a igreja determinava até os livros que deviam ou não ser traduzidos (pois os livros da época eram na maioria escritos em grego) e lidos e os que desobedecessem eram punidos. Membros de certas congregações também eram punidos, ou seja, nem dentro da própria igreja as pessoas podiam ter uma opinião ou questionar sobre algum assunto ou situação, o poder era todo restrito aos Beneditinos, que tinha como líder supremo o Papa. Podemos dizer que de certa forma os Papas da época foram além de tudo grandes ditadores, pois eram eles que determinavam tudo o que era certo ou errado, e não se importavam em matar para manter a ordem e demonstrar todo seu poder, o pior é que eles diziam que estavam matando em nome de Deus. A grande diferença entre os Papas e os ditadores que surgiram no decorrer da história, é que esses detinham o poder sobre certo país ou região, enquanto o Papa detinha o poder sobre grande parte do mundo. Isso per durou por séculos sem que as pessoas tivessem chance de mudar de vida.
Com o passar dos séculos foi havendo diversas revoluções, até mesmo dentro da igreja, o que acarretou várias mudanças na educação, às atitudes da igreja passou a ser questionada e com o poder abalado a igreja começou a perder o poder supremo do qual detinha, com isso a educação foi sendo ampliada, pois foram surgindo vários formadores de opiniões e começou também a surgir os grandes sociólogos e filósofos. Porém a educação formal ainda continuava restrita as pessoas das chamadas classes altas, no século XVII com a revolução inglesa e francesa houve o surgimento de novas classes sociais o clero e a nobreza perdeu grande parte do seu poder, que acabou se concentrando na mão da burguesia, porém a classe operaria continuava excluída, mas devido à revolução industrial e a necessidade de capacitar a mão-de-obra e claro com o crescimento do pensamento filosófico e sociológico a educação formal foi sendo estendida para essa classe, claro que de uma forma lenta e pouco a pouco foram surgindo escolas e universidades por todo o mundo, porem sempre existia um poder que controlava e determinava o que devia ou não ser ensinado. O fato de sempre ter alguém controlando as grades curriculares não é de exclusividade da antiguidade ou da idade média isso sempre ocorreu e ocorre em todos os países do mundo inclusive no nosso, o fato é que sempre temos que estar questionando e de certa forma contrariando esse ou aquele sistema, foi assim no passado é continuará sendo no futuro.
No nosso país, isso não foi diferente, com a colonização dos portugueses e a chegada de imigrantes de várias partes do mundo as classes sociais foram se formando. Em nosso país e como em todo o resto do mundo a educação formal era restrita aos nobres, as mudanças foram acontecendo de acordo com as mudanças ocorridas no mundo principalmente na Europa, claro de forma bem mais lenta, pois os membros da nobreza não tinham interesse em educar o povo. Os nobres mandavam seus filhos para estudar fora do país, principalmente em Paris e Lisboa, outro detalhe é que a educação era restrita aos homens, pouquíssimas mulheres conseguiam ter acesso à educação, muitas estudavam e aprendiam a ler e escrever em sua própria casa. A igreja também exercia grande influência em todas as áreas, punindo e impondo muitas coisas em nosso país, um exemplo do poder da igreja, foi um fato ocorrido já no final do século IXX ou inicio do século XX (não estou bem certo), quando uma mulher foi torturada por ordem da igreja por atestar como milagre os fatos ocorridos com padre Cícero, esses fatos não eram aceitos pela igreja e por isso ela foi punida. Com o passar dos anos, foram acontecendo varias revoluções em nosso país, inclusive revoluções culturais, como a semana da cultura de São Paulo em 1920, a partir daí vários fatores foram influenciando a educação em nosso país. Porém, em grande parte do século XX, o poder ficou concentrado nas mãos de governos militares que controlavam duramente o que devia ser ensinado nas escola. Matérias como Sociologia foram excluídas da grade curricular de nosso país, pois os militares não tinham interesse em formar cidadão conscientes e formadores de opinião. A sociologia foi substituída pela Educação Moral e Civismo e OSPB, nessas matérias os professores ensinavam somente o que os militares queriam e os alunos tinham aquilo como correto sem poder questionar.
Somente em 1986 com o fim do regime militar isso começou a mudar e em 1992 a sociologia foi novamente incorporada na nossa grade curricular. Porém nossa educação ainda esta longe de ser ideal, os sistemas adotados hoje, de certa forma, não estimula o pensamento dos alunos, as mudanças principalmente na forma de avaliar, ou seja, de dar as notas aos alunos esta cada vez mais maleável, isso faz com que o aluno tenha que se esforçar cada vez menos para obter a notas mínimas para se considerarem aprovados. Sem dizer num sistema chamado de “dependência”, onde o aluno reprovado em até três disciplinas avança de série, e fica “pagando” a matéria no ano seguinte. Nos não queremos ser radicais, mas de certa forma nosso pais esta formando analfabetos, alunos que tem um certificado de Ensino Médio e não sabem sequer fazer um calculo simples sem o auxilio da calculadora, ou redigir uma redação de forma correta. E a prova disso esta nos péssimos resultados obtidos pelos alunos nas provas do ENEM.
O fato é que existe muita coisa errada, desde sistemas educacionais adotados pelos nossos governantes, passando pelas péssimas condições físicas de nossas escolas e pela super desvalorização de nossos profissionais de educação. De concreto mesmo na educação de nosso país é que ela esta longe de ser a ideal e de atender as necessidades de nossas crianças, ou seja, esta longe de ser aquilo que nos diz o Governo Federal, ou seja, estamos longe de ter uma “ EDUCAÇÃO PARA TODOS”. Mas também não podemos perder as esperanças e continuar sempre lutando e fazendo o possível e o impossível, pra darmos as nossas crianças uma educação decente, aquela velha desculpa que ouvimos de certos profissionais de educação de que não fazem bem o seu trabalho porque não são valorizados como deveriam, para nós não serve, pois a pessoa que se dispõe a trabalhar com educação em nosso país tem que buscar ser valorizado e reconhecido por seus alunos, só assim ele terá consciência de ter feito um bom trabalho. Sem dizer também que qualquer pessoa tem consciência das péssimas condições de trabalho e da baixa remuneração, ou seja, aqueles que se dispõe a trabalhar com educação em nosso país tem que ser por muito amor e vocação, pois nossas crianças não podem pagar por nossas irresponsabilidades e por maus profissionais que ingressam no sistema educacional somente para ter um salário no final do mês, sem se importar se os alunos estão ou não aprendendo alguma coisa.

M.S.T.(MOVIMENTO DOS SEM-TERRA)

Apresentação

Movimento organizado de trabalhadores rurais que tem por objetivo a posse da terra com o intuito da prática de agricultura familiar.
O Brasil por possuir grandes áreas de terras públicas e os maiores latifúndios do planeta, mesmo assim não aceita a reforma agrária como solução de problemas sociais no campo, que provoca o êxodo rural e conseqüentemente os amontoados urbanos sem planejamento criando uma problemática social em cascata, gerando mais pobreza e miséria empurrando o país para o rol das nações com baixa qualidade de vida.


Introdução

Os problemas agrários no Brasil são uma constante há várias décadas, a falta de uma política agrária séria e a centralização da posse das terras nas mãos de grandes latifundiários fez com que surgisse esse grande movimento em prol da reforma agrária o M.S.T..
Esse movimento teve origem no interior de São Paulo e tem como objetivo principal a desapropriação de terras ditas improdutivas para que possam ser divididas entre famílias de agricultores que não tem condições de adquirir sua propriedade, ou seja, luta pela reforma agrária. Porém a falta de uma política séria dos governos, a resistência dos latifundiários as desapropriações e certa desorganização e luta de interesses dentro do próprio movimento acabam atrapalhando o desenvolvimento dessa política tão necessária ao nosso país.


1- Os problemas da falta de uma Política Agrária.

É degradante para consciência de uma cidade brasileira, ver nos noticiários a violência nos campos brasileiros matando seus compatriotas por problemas agrários, observa-se uma enorme contradição onde se vê regiões praticamente desabitadas e outras com grandes concentrações demográficas ai pergunta-se o porquê de tal panorama.
De acordo com o filosofo Michel Foucault, o poder não pode ser centralizado e muito menos o poder da terra que naturalmente é uma dádiva, ao passo que o latifundiário tem como sua em todos os aspectos, em muitos casos improdutivos, mas constitui em bem onde as fronteiras podem ser violadas. Existem casos em que essa posse não foi feita de maneira legal e justa perante a sociedade.
A reforma agrária é uma oposição aos feudos que vem a surgir e ser praticada com maior evidência após a revolução Russa (1917), mas apesar de um governo Comunista e Socialista a reforma agrária não atinge o total objetivo.

2- O surgimento e as ações do MST.

No Brasil após o fim do Governo Militar (1985), surge o M.S.T. centralizando suas atividades no interior de São Paulo (Pontal do Paranapanema) e na década de 90 houve uma ampliação, chegando a todo território brasileiro. Como toda ação provoca reação, com o M.S.T. não foi diferente, onde o governo age com certa inibição no assunto, os sem-terras invadem propriedades de maneira indiscriminada e os latifundiários e grileiros reagem com abuso de poder, gerando uma violência que poderia ser evitada.
Em alguns casos o Governo intervém no assunto, porém sem objetividade, muitas propriedades são desapropriadas e semanas depois reintegradas aos donos, ou seja, o tráfico de influência fala mais alto e os latifundiários conseguem seus objetivos com mais facilidade, ou desapropriam áreas sem condições para o cultivo o que gera novos protestos por parte do MST.
No caso dos conflitos a intervenção do Governo enviando policiais ao local ao invés de resolver acaba por criar outro problema, entrando em conflito com os seguranças das fazendas ou com os agricultores assentados, como ocorreu em Eldorado dos Carajás onde vários agricultores foram mortos pela polícia. Esses fatos aos olhos do mundo deixam o Brasil em uma posição de descrédito social.


3- As disputas pessoais dentro do movimento.

Existe dentro do próprio movimento certa disputa de poder por parte dos seus lideres muitos deles utilizam o movimento para promoção pessoal, seu principal interesse não é o bem estar dos agricultores, mas sim conseguir algum cargo político, prova disso é que muitos deles já se elegeram Deputados, Prefeitos, Vereadores etc.. Porém isso não ocorre somente com os lideres dentre os agricultores já se tornou uma prática comum receber a posse em uma área pegar o dinheiro fornecido pelo Governo e vender a terra para outro agricultor, depois vão para outro acampamento para invadir novas áreas. Com isso os lideres e agricultores sérios que estão no movimento empenhados em conseguir a posse da terra para trabalhar e assim conduzir suas vidas de maneira mais digna sofrem represálias por parte de alguns governantes e latifundiários.
Muitos partidos também se aproveitam da força do movimento para fazerem acordos políticos se aliam a determinado líder do movimento para obter votos e isso também só beneficia aqueles que estão à frente, os agricultores que realmente precisam da terra continuam sempre na mesma situação.
O que deveria ser feito por parte das pessoas sérias que estão dentro do movimento seria identificar essas pessoas e retirá-las para que assim pudessem agir de maneira mais consciente e obter o devido respeito junto a todos, pois não existe no Brasil uma política séria voltada para reforma agrária e pessoas que deveriam estar empenhadas para que isso ocorresse acabam se voltando mais para o pessoal do que para o coletivo e assim atrapalham mais ainda o desenvolvimento da questão.


Conclusão

Quando o Brasil assumir uma posição de organizador, tendo o Estado de Direito amparado na legalidade, punir os infratores e praticar a reforma agrária de maneira justa sem favorecer a nenhum grupo ou cartel, a sociedade brasileira com certeza dará um passo importante para atingir um estágio mais elevado e justo entre os cidadãos brasileiros.

KARL MARX E A HISTÓRIA DA EXPLORAÇÃO DO HOMEM

Introdução.

O pensamento sociológico, em seu desenvolvimento, abordou níveis diferentes de realidade. Sabemos que, se iluminarmos uma mesa cheia de objetos com luzes de diferentes cores, partindo de diversos focos, estará produzindo imagens distintas dos mesmos objetos. Nenhuma delas, entretanto, é desnecessária ou incorreta. Cada uma delas “põe à luz” ou privilegia determinados aspectos. Assim também acontece com as teorias científicas e, entre elas, as sociais.
O método positivista expôs ao pensamento humano a idéias de que uma sociedade é mais do que a soma de indivíduos, que há normas, instituições e valores estabelecidos que constituam o social. Weber, por sua vez, reorganizou os fatos sociais “a luz” da história e da subjetividade do agente social.
Agora falaremos de Karl Marx, e materialismo histórico, a corrente mais revolucionária do pensamento social nas conseqüências teóricas e na prática social que propõe. É também um dos pensamentos mais difíceis de compreender, explicar ou sintetizar, pois Marx produziu muito, suas idéias se desdobraram em várias correntes e foram incorporadas por inúmeros teóricos.
Karl Marx (1818-1883) nasceu em Treves na Alemanha, matriculou-se na Universidade de Berlim em 1836 e doutorou-se em filosofia em Lena, em 1845 participou da liga dos comunistas em Bruxelas. Marx também foi um dos fundadores Associação Internacional dos Operários ou Primeira Internacional, suas principais obras foram: A ideologia Alemã, Miséria da filosofia, Para a crítica da economia política, A luta de classes em França e O Capital.

O objetivo de entender o capitalismo

Com o objetivo de entender o capitalismo Marx produziu obras de filosofia, economia e sociologia. Sua intenção, porém, não era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica e social. Sua obra máxima O Capital, destinava-se a todos os homens, não apenas aos estudiosos da economia, da política e da sociedade. Este é um aspecto singular na teoria de Marx. Há um alcance mais amplo nas suas formulações, que adquiriam dimensões de ideal revolucionário e ação política efetiva. As contradições básicas da sociedade capitalista e as possibilidades de superação apontadas pela obra de Marx não puderam, pois, permanecer ignoradas pela sociologia.
Podemos apontar algumas influencias básicas no desenvolvimento do pensamento de Marx. Em primeiro lugar, coloca-se a leitura crítica da filosofia de Hegel, de quem Marx absorveu e aplicou de modo peculiar, o método dialético. Também significativo foi seu contato com o pensamento socialista Frances e inglês do século XIX, de Claude Henri de Rouvroy, ou conde de Saint-Simon (1760-1858), Francois-Charles Fourier (1772-1837) e Robert Owen (1771-1858). Marx desenvolveu o pioneirismo desses críticos da sociedade burguesa, mas reprova o “utopismo” das suas propostas de mudança social. As três teorias criadas tinham como traço comum o desejo de impor de uma só vez uma transformação social total, implantando, assim, o império da razão e da justiça eterna. Nos três sistemas elaborados havia a eliminação do individualismo, da competição e da influencia da propriedade privada. Tratava-se, por isso, de descobrir um sistema novo e perfeito de ordem social, vindo de fora, para implantá-lo na sociedade, por meio da propaganda e, sendo possível, com o exemplo, mediante experiências que servissem de modelo. Com esta formulação, os três desconsideravam a necessidade da luta política entre classes sociais e o papel revolucionário do proletariado na realização desta transição.
Finalmente, há toda crítica da obra dos economistas clássicos ingleses, em particular Adam Smith e David Ricardo. Esse trabalho tornou a atenção de Marx até o final de sua vida.
Essa trajetória é marcada pelo desenvolvimento de conceitos importantes como alienação, classes sociais, valor, mercadoria, trabalho, mais-valia, modo de produção.

A idéia de alienação

Marx desenvolve o conceito de alienação mostrando que a industrialização, a propriedade privada e o assalariamento separavam o trabalhador dos meios de produção – ferramentas, matéria-prima, terra e máquina -, que se tornaram propriedade privada do capitalismo. Separava também, ou alienava o trabalhador fruto do seu trabalho, que também é apropriado pelo capitalista. Essa é à base da alienação econômica do homem sob o capital.
Politicamente, também o homem tornou-se alienado, pois o principio da representatividade, base do liberalismo, criou a idéia de Estado com um órgão político imparcial, capaz de representar toda a sociedade e dirigi-la pelo poder alegado aos indivíduos. Marx mostrou, entretanto, que na sociedade de classes esse Estado representa apenas a classe dominante e age conforme o interesse desta.
Com o desenvolvimento do capitalismo, a filosofia, por sua vez, também passou a criar representações do homem e da sociedade. Diz Marx que a divisão social do trabalho fez com que a filosofia se tornasse a atividade de um determinado grupo. Ela é, portanto, parcial e reflete o pensamento desse grupo. Essa parcialidade e o fato de que o Estado se torna legítimo a partir dessas reflexões parciais – como, por exemplo, o liberalismo – transformou a filosofia em “Filosofia do Estado”. Esse comportamento do filosofo e do cientista em face do poder resultou também na alienação do homem.
Uma vez alienado, separado e mutilado, o homem só pode recuperar sua condição humana pela crítica radical ao sistema econômico, à política e à filosofia que o excluíram da participação efetiva na vida social. Essa crítica radical só se efetiva na práxis, que é a ação política consciente e transformadora.
Com base nesse principio, os marxistas vinculam a crítica da sociedade à ação política. Marx propôs não apenas um novo método de abordar e explicar a sociedade, mas também um projeto para a ação sobre ela.
As classes sociais

As idéias liberais consideravam os homens, por natureza, iguais politicamente e juridicamente. Liberdade e justiça eram direitos inalienáveis de todo cidadão. Marx, por sua vez, proclama a inexistência de tal igualdade natural e observa que o liberalismo vê os homens como átomos, como se estivessem livres das evidentes desigualdades estabelecidas pela sociedade. Segundo Marx, as desigualdades sociais observadas no seu tempo eram provocadas pelas relações de produção do sistema capitalista, que dividem os homens em proprietários e não-proprietários dos meios de produção. As desigualdades são a base da formação das classes sociais.
As relações entre os homens se caracterizam por relações de oposição, antagonismo, exploração e complementaridade entre classes sociais.
Marx identificou relações de exploração da classe dos proprietários – a burguesia – sobre os trabalhadores – o proletariado. Isso porque a posse dom meios de produção, sob forma legal de propriedade privada, faz com que os trabalhadores, a fim de assegurar a sobrevivência, tenham de vender sua força de trabalho ao empresário capitalista, o qual se apropria do produto do trabalho de seus operários.
Essas mesmas relações são também de oposição e antagonismo, na medida em que os interesses de classes são inconciliáveis. O capitalista deseja preservar seu direito à propriedade dos meios de produção e dos produtos e à máxima exploração ao lutar por menor jornada de trabalho, melhores salários e participação nos lucros.
Por outro lado, as relações entre as classes são complementares, pois uma só existe em relação à outra. Só existem proprietários porque há uma massa de despossuídos cuja única propriedade é sua força de trabalho, que precisam vender para assegurar a sua sobrevivência. As classes sociais são, pois, apesar de sua oposição intrínseca, complementares e interdependentes.
A história do homem é segundo Marx, a história da luta de classes, da luta constante entre interesses opostos, embora esses conflitos nem sempre se manifeste socialmente sob a forma de guerra declarada. As divergências, oposições e antagonismo de classes estão subjacente a toda relação social, nos mais diversos níveis da sociedade, em todos os tempos, desde o surgimento da propriedade privada.

A origem histórica do capitalismo

O capitalismo surge na história quando, por circunstâncias diversas, uma enorme quantidade de riquezas se concentra nas mãos de uns poucos indivíduos, que têm por objetivo a acumulação de lucros cada vez maiores.
No início, a acumulação de riquezas se fez por meio da pirataria, do roubo, dos monopólios e do controle de preços praticados pelos Estados absolutistas. A comercialização era a grande fonte de rendimentos para os Estados e a nascente burguesia. Uma importante mudança aconteceu quando, a partir do século XVI, o artesão e as corporações de ofícios foram substituídos, respectivamente, pelo trabalhador “livre” assalariado - o operário – e pela indústria.
Na produção artesanal da Idade Média e do Renascimento, o trabalhador mantinha em sua casa os instrumentos de produção. Aos poucos, porém, estes passaram às mãos de indivíduos enriquecidos, que organizaram oficinas. A Revolução Industrial introduziu inovações técnicas na produção que aceleraram o processo de separação entre o trabalhador e os instrumentos de produção. As máquinas e tudo o mais necessário ao processo produtivo – força motriz, instalações, matérias-primas – ficaram acessíveis somente aos mais ricos. Os artesãos, isolados não podiam competir com dinamismo dessas nascentes industriais e do conseqüente crescimento do mercado. Com isso, multiplicou-se o número de operários, isto é, trabalhadores “livres” expropriados, artesão que desistiam da produção individual e empregavam-se nas indústrias.

O salário

O operário, como vimos, é aquele indivíduo que, nada possuindo, é obrigado a sobreviver da venda de sua força de trabalho e, em troca, paga ao operário uma quantia em dinheiro, o salário.
O salário é, assim, o valor da força de trabalho, considerada como mercadoria. Como a força de trabalho não é uma “coisa”, mas uma capacidade, inseparável do corpo do operário, o salário deve corresponder à quantia que permitia ao operário alimentar-se, vestir-se, cuidar dos filhos, recuperarem as energias e, assim, estar de volta ao serviço no dia seguinte. Em outras palavras, o salário deve garantir a reprodução das condições de subsistências do trabalhador e sua família.
O cálculo depende do preço dos bens necessários à subsistência do trabalhador. O tipo de bens necessários depende, por sua vez, dos hábitos e dos costumes dos trabalhadores. Isso faz com que o salário varie de lugar para lugar. Além disso, o salário depende ainda da natureza do trabalho e da habilidade do próprio trabalhador. No cálculo do salário de um operário qualificado deve-se computar o tempo que ele gastou com educação e treinamento para desenvolver suas capacidades.

Trabalho, valor e lucro

O capitalismo vê a força de trabalho, como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer. Enquanto os produtos, ao serem usados, simplesmente se desgastam ou desaparece, o uso da força de trabalho significa, ao contrário, criação de valor. Os economistas clássicos ingleses desde Adam Smith, já haviam percebido isso ao reconhecerem o trabalho como a verdadeira fonte de riqueza das sociedades.
Marx foi alem. Para ele, o trabalho, ao se exercer sobre determinados objetos, provoca nestes uma espécie de “ressurreição”. Tudo o que é criado pelo homem, diz Marx, contém em si um trabalho passado, “morto”, que só pode ser reanimado por outro trabalho. Assim, por exemplo, um pedaço de couro animal curtido, uma faca e fios de linha são, todos, produtos do trabalho humano. Deixados em si mesmos, são coisas mortas; utilizadas para produzir um par de sapatos, renascem como meios de produção e se incorporam um novo produto, uma nova mercadoria, um novo valor.
Os economistas ingleses já haviam postulado que o valor das mercadorias dependia do tempo de trabalho gasto na sua produção. Marx acrescentou que este tempo de trabalho se estabelecia em relação às habilidades individuais medias e às condições técnicas vigentes na sociedade. Por isso, dizia que no valor de uma mercadoria era incorporado o tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção.
De modo geral, as mercadorias resultam da colaboração de várias habilidades profissionais distintas; por isso, seu valor incorpora todos os tempos de trabalho específicos. Por exemplo, o valor de um par de sapatos incluí só o tempo gasto para confeccioná-lo, mas também o dos trabalhadores que curtiram o couro, produziram fios de linha, a máquina de costurar, etc.. O valor de todos esses trabalhos está embutido no preço que a capitalista paga ao adquirir essas matérias-primas e instrumentos, os quais, juntamente com a quantia paga ao título de salário, serão incorporados ao preço do produto.
De acordo com a análise de Marx, não é no âmbito da compra e da venda de mercadorias que se encontram bases estáveis nem para o lucro dos capitalistas nem para a manutenção do sistema capitalista. Ao contrário, a valorização da mercadoria se dá no âmbito de sua produção.

A mais-valia

Suponhamos que o operário tenha uma jornada diária de nove horas de trabalho e confeccione um par de sapatos a cada três horas, ele cria uma quantidade de valor correspondente ao seu salário, que é suficiente para obter o necessário à sua subsistência. Como o capitalista lhe paga o valor de um dia de força de trabalho, o restante do tempo, seis horas, o operário produz mais mercadorias, que geram um valor maior do que lhe foi pago na forma de salário. A duração da jornada de trabalho resulta, portanto, de um cálculo que leva em consideração o quanto interessa ao capitalista produzir para obter lucro sem desvalorizar seu produto.
Visualiza-se, portanto, que uma coisa é o valor da força de trabalho, isto é, o salário, e outra é quanto esse trabalho rende ao capitalista. Esse valor excedente produzido pelo funcionário é o que Marx chama de mais-valia.

As relações políticas

Após essa análise detalhada do modo de produção capitalista, Marx passa ao estudo das formas políticas produzidas no seu interior. Ele constata que as diferenças entre classes sociais não se reduzem a uma diferença quantitativa de riquezas, mas expressam uma diferença de existência material. Os indivíduos de uma mesma classe social partilham de uma situação de classe comum, que inclui valores, comportamentos, regras de convivência e interesses.
A essa diferenças econômicas e sociais segue-se uma diferença na distribuição de poder. Diante da alienação do operário, as classes economicamente dominantes desenvolveram formas de dominação política que lhes permitem apropriar-se do aparato do poder de Estado e, com ele, legitimar seus interesses sob forma de leis e planos econômicos e políticos.
Cada forma assumida pelo Estado na sociedade burguês, seja sob o regime liberal, monárquico, monárquico constitucional ou ditatorial, representa maneira pelas quais eles se transformam em um “comitê para seguir negócios comuns de toda burguesia” (K. Marx e F, Engels, Manifesto do Partido Comunista, in cartas filosóficas e outros escritos, p 86.), seja sob regime liberal, monárquico-constitucional, parlamentar ou ditatorial.
Para Marx as condições específicas de trabalho geradas pela industrialização tendem a promover a consciência de que há interesses comuns para o conjunto de classes trabalhadoras e, conseqüentemente, tendem a impulsionar a sua organização política para a ação. A classe trabalhadora, portanto, vivendo uma mesma situação de classe e sofrendo progressivo empobrecimento em razão das formas cada vez mais eficientes de exploração do trabalhador, acaba por se organizar politicamente. Essa organização é que permite a tomada de consciência da classe operaria e sua mobilização para a ação política.

Materialismo histórico.

Para entender o capitalismo e explicar a natureza da organização econômica humana, Marx desenvolveu uma teoria abrangente e universal, que procura dar conta de toda e qualquer forma produtiva criada pelo homem em todo o tempo e lugar. Os princípios básicos dessa teoria estão expressos em seu método de análise – o materialismo histórico.
Marx parte do princípio que a estrutura de uma sociedade qualquer reflete a forma como seus homens organizam a produção social de bens. A produção social, segundo Marx, engloba dois fatores básicos: as forças produtivas e as relações de trabalho.
As forças produtivas constituem as condições materiais de toda a produção. Qualquer processo de trabalho implica: determinados objetos, isto é, matérias-primas identificadas e extraídas da natureza; e determinados instrumentos, ou seja, o conjunto de forças naturais já transformadas e adaptadas pelo homem, como ferramentas ou máquinas, utilizadas segundo uma orientação técnica específica. O homem, principal elemento das forças produtivas, é o responsável por fazer a ligação entre a natureza e a técnica e os instrumentos. O desenvolvimento da produção vai determinar a combinação e o uso desses diversos elementos: recursos naturais, mão-de-obra, instrumentos e técnicas produtivas. Essas combinações procuram atingir o máximo de produção em função do mercado existente. A cada forma de organização das forças produtivas corresponde uma determinada forma de relações de produção.
As relações de produção são formas pelas quais os homens se organizam para executar a atividade produtiva. Essas relações se referem às diversas maneiras pelas quais são apropriados e distribuídos os elementos envolvidos no processo de trabalho: as matérias-primas, os instrumentos e a técnica, os próprios trabalhadores e o produto final. Assim, as relações de produção podem ser, num determinado momento, cooperativas (como mutirão), escravagistas (como na Antiguidade), servis (como na Europa feudal), ou capitalistas (como na indústria moderna).
Forças produtivas e relações de produção são condições naturais e históricas de toda a atividade produtiva que ocorre na sociedade. As formas pelas quais ambas existem e são reproduzidas numa determinada sociedade constituiu o que Marx denominou modo de produção.
Para Marx, o estudo do modo de produção é fundamental para compreender como se organiza e funciona uma sociedade. As relações de produção, nesse sentido, são consideradas as mais importantes relações sociais. Os modelos de família, as leis, a religião, as idéias políticas, os valores sociais são aspectos cuja explicação depende, em princípio, ao estudo do desenvolvimento e do colapso de diferentes modos de produção. Analisando a história, Marx identificou alguns modos de produção específicos: sistema comunal primitivo, modo de produção asiático, modo de produção antigo, modo de produção germânico, modo de produção feudal e modo de produção capitalista. Cada qual representa diferentes formas de organização privada e da exploração do homem pelo homem.
Em cada modo de produção, a desigualdade de propriedade, como fundamento das relações de produção, cria contradições básicas com o desenvolvimento das forças produtivas. Essas contradições se acirram ate provocar um processo revolucionário, com derrocada de produção vigente e a ascensão de outro.

A historicidade e a totalidade

A teoria marxista repercutiu de maneira decisiva não só na Europa – objeto dos primeiros estudos – como nas colônias européias e em movimentos de independência. Organizou os partidos marxistas entre operários – os sindicatos -, levou intelectuais à crítica da realidade e influenciou as atividades científicas de um modo geral e as ciências humanas em particular.
Alem de elaborar uma teoria que condenava as bases sociais da espoliação capitalista, conclamando os trabalhadores a construir, por meio de sua práxis revolucionaria, uma sociedade sentada na justiça social e igualdade real entre os homens, Marx conseguiu, como nenhum outro, com sua obra, estabelecer relações profundas entre a realidade, a filosofia e a ciência.
Por sua formação filosófica, Marx concebia a realidade social como uma concretude histórica, isto é, como um conjunto de relações de produção que caracteriza cada sociedade num tempo e espaço determinados. Foi assim que analisou, em O 18 Brumário de Luís Bonaparte, o golpe de Estado ocorrido na França no século XIX, quando o sobrinho de Napoleão I, parodiou o feito do tio que, em 1799, conseguiu substituir a Republica pela Ditadura.
Por outro lado, cada sociedade representava para Marx uma totalidade, isto é, um conjunto único e integrado das diversas formas de organização humana nas suas mais diversas instâncias – família, poder, religião. Entretanto, apesar de considerar as sociedades da sua época e do passado como totalidades e como situações históricas concretas, Marx conseguiu, pela profundidade de suas análises, extrair conclusões de caráter geral e aplicáveis a formas sociais diferentes. Assim, ao analisar o golpe de Luís Bonaparte, identificam na estrutura de classes estabelecidas na França aspectos universais da dinâmica de lutas de classes.

A amplitude da contribuição de Marx

O sucesso e a penetração do materialismo histórico querem no campo da ciência – política, econômica e social -, quer no campo da organização política, se deve ao universalismo de seus princípios e ao caráter totalizador que imprimiu às suas idéias.
Alem desse universalismo da teoria marxista – mérito que a diferencia de todas as teorias subseqüentes – outras questões adquiriram nova dimensão com os princípios sustentados por Karl Marx. Um deles foi à objetividade cientifica, tão perseguida pelas ciências humanas. Para Marx, a questão da objetividade só se coloca enquanto consciência crítica. A ciência, assim como a ação política, só pode ser verdadeira e não ideológica se refletir uma situação de classe e, conseqüentemente, uma visão crítica da realidade. Assim, objetividade não é uma questão de método, mas de como p pensamento cientifico se insere no contexto das relações de produção e na história.
A idéia de uma sociedade “doente” ou “normal”, preocupação dos cientistas sociais positivistas, desaparece em Marx. Para ele a sociedade é constituída de relações em conflito e é de sua dinâmica que surge a mudança social. Fenômenos como: luta, conflito, revolução e exploração são constituintes dos diversos momentos históricos e não disfunções sociais.
A partir do conceito de movimento histórico proposto por Hegel, assim com do historicismo existente em Weber, Marx redimensiona o estudo da sociedade humana. Suas idéias marcaram de maneira definitiva o pensamento científico e a ação política, assim como das posteriores, formando duas diferentes maneiras de atuação sob a bandeira do marxismo. A primeira é abraçar o ideal comunista, de uma sociedade onde estão abolidas as classes sociais e a propriedade privada dos meios de produção. Outra é exercer a crítica à realidade social, procurando suas contradições, desvendando as relações de exploração e expropriação do homem pelo homem, de modo a entender o papel dessas relações no processo histórico.
Não é preciso afirmar a contribuição da teoria marxista para o desenvolvimento das ciências sociais. A abordagem do conflito, da dinâmica histórica, da relação entre consciência e realidade e da correta inserção do homem e de sua práxis no contexto social forma conquistas jamais abandonadas pelos sociólogos. Isso sem contar a habilidade com que o método marxista possibilita o constante deslocamento do geral para o particular, das leis macrossociais para suas manifestações históricas, do movimento estrutural da sociedade para a ação humana individual e coletiva.

A sociologia, o socialismo e o marxismo

A teoria marxista teve ampla aceitação teórica e metodológica, assim como política e revolucionária. Já em 1864, em Londres, Karl Marx e Friedrich Engels – companheiro em grande parte de suas obras – estruturaram a Primeira Associação Internacional de Operários, ou Primeira internacional, promovendo a organização e a defesa dos operários em nível internacional. Extinguida em 1873, a difusão das idéias e das propostas marxistas ficou por conta dos sindicatos existentes em diversos países e nos partidos, especialmente os social-democratas.
A Segunda Internacional surgiu na época do centenário da Revolução Francesa (1889), quando diversos congressos socialistas tiveram lugar nas principais capitais européias, com várias tendências, nem sempre conciliáveis. A Primeira Guerra Mundial pôs fim a Segunda Internacional, em 1914. Em 1917, uma revolução inspiradas nas idéias marxistas, a Revolução Bolchevique, na Rússia, criava no mundo o primeiro Estado operário. Em 1919, inaugurava-se a Terceira Internacional ou Comintern, que, como a primeira, procurava difundir os ideais comunistas e organizar os partidos e a luta dos operários pela tomada do poder. Ela continua atualmente até hoje, enfrentando intensa crise provocada pelo fim da União Soviética e pela expansão mundial do neoliberalismo.
A aceitação dos ideais marxistas não se restringe mais apenas à Europa. Difundia-se pelos quatro continentes, à medida que se desenvolvia o capital internacional. À formação do operariado no restante do mundo seguia-se o surgimento de sindicatos e partidos marxistas. Os ideais marxistas se adequavam também perfeitamente à luta pela independência que surgia nas colônias européias da África e Ásia, após a Primeira e Segunda Guerra Mundial, assim como à luta por soberania e autonomia, existente nos países latino-americanos.
Em 1919, surgiram partidos comunistas na América do Norte, na China e no México. Em 1920, no Uruguai; em 1922, no Brasil e no Chile; e, em 1925, em Cuba. O movimento revolucionário tornava-se mais forte à medida que os Estados Unidos e a URSS emergiam como potencias mundiais e passavam a disputar sua influência no mundo. Várias revoluções como a chinesa, a cubana, a vietnamita e a coreana instauraram regimes operários que, apesar das suas diferenças, organizavam um sistema político com algumas características comuns – forte centralização e o uso intenso de propaganda ideológica e do culto ao dirigente.

ISRAEL E PALESTINA

O conflito no Oriente Médio já parece ser um componente necessário na história dos povos que lá habitam. Israel e Palestina não poderiam ser diferentes, já que fazem parte deste território.
No Antigo Testamento, no livro do Êxodo, narra Moises libertando o povo Judeu do cativeiro no Egito, onde durou cerca de 400 anos, e após a travessia do Mar Vermelho conduziu-os para a Terra Prometida por Deus, a qual não chegou, mas avistou o monte Sinai, onde hoje é território Israelense, com a chegada dos Judeus, houve conflitos, pois lá já existiam moradores como os Cananeus e tomadas de Jericó e Ai, por Josué.
Israel segue sua trajetória, mas sempre hostilizado pelos Assírios, Babilônicos e Romanos, entre os anos de 60 e 70 Jesuralém é destruída pelo imperador romano Tito e o povo é disperso de Israel, já denominada Palestina pelo imperador Adriano, chamada de dispersão ou diáspora.
Do ano 70 a 1948 os Judeus ficaram sem pátria, mas sempre mantendo sua unidade através de sua religião, sendo que os povos que habitavam e passaram a habitar a Palestina por cerca de 1900 anos acham-se donos da terra.
Os judeus que habitavam na Alemanha detinham maior parte da economia e passam a sofrer hostilidades quando Hitler assume o governo em 1933, que impõem restrições aos judeus, mas com a eclosão da 2ª Guerra Mundial em 1939, os nazistas passam sistematicamente a assassinar judeus, com o objetivo de extermínio que resulta no holocausto de 6 milhões, fazendo com isso a evidência do sonho de um Estado Judeu.
Em 1948, por resolução da ONU é criado o Estado Judeu dentro da Palestina, onde os Israelenses possuíam 23% do território e Árabes Palestinos 77%, feito sob a administração dos Ingleses que já o faziam desde o final da 1ª Guerra Mundial.
Meses após a resolução da ONU, os árabes que residiam em territórios israelenses foram retirados provocando imigrações para países vizinhos, o qual provocou descontentamentos. Após a saída dos ingleses o conflito tornou-se eminente. Em 1948 países árabes como o Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria em apoio à causa Palestina declararam guerra a Jovem Nação.
Sob o comando do General Sir John Bacot Glubb (o Paxá Glubb da Legião Árabe), os combates estenderam por todo ano de 1948, só cessam por intervenção da ONU em julho de 1949 sem vencedor. As hostilidades de maneiras isoladas vão sempre acontecendo até 1967, quando um novo ataque dos árabes na Guerra dos Seis Dias, por problemas de fronteiras e o Canal de Suez Israel sai vencedor, conquistando parte da cidade velha de Jerusalém, a Península do Sinai e a margem ocidental do Rio Jordão.
Os palestinos observando a vitória dos judeus em dois conflitos criam a OLP (Organização para Libertação da Palestina) tendo como líder Yasser Arafat, que passa a agir com atentados terroristas contra os judeus em todo o mundo.
Em 1973 os Árabes juntamente com os palestinos atacam os israelenses no dia de Yon-Kippur (Dia da Expiação) sagrado para os judeus que reagem de maneira violenta sob o comando do General Ariel Sharon e Moshe Dayan, tendo como Primeira Ministra Golda Meir. Israel passa a ocupar territórios vizinhos, alargam suas fronteiras, para garantir sua segurança, os chamados territórios ocupados como a Faixa de Gaza, Colinas de Golam, norte da Cisjordânia e margem ocidental do Jordão.
Em 1977 o então Primeiro Ministro Menagheu Begim aproxima-se do Egito e com o presidente Anwar Sadat fazem acordos de paz e ganham o Prêmio Nobel. Porém a paz durou pouco tempo, em 1982 em virtude de violentos atentados Israel invade o Líbano, onde os palestinos se refugiavam após os ataques a territórios israelenses, que resulta na destruição de Beirute, com o apoio dos EUA.
Em 1987 os palestinos iniciam um tipo de ação chamada de Intifada (rebelião) culminando com a proclamação de um estado palestino dentro de Israel gerando mais conflitos, com excessos de ambas as partes. Em 1993 Israel deporta para o sul do Líbano 415 palestinos em represália a atos terroristas e assina com a OLP uma Declaração de Princípios em Washington sob a coordenação dos EUA, acordo denominado Gaza - Jericó, fato não aceito por radicais de ambas as partes e os acordos e quebras continuam, mas os Estados Judeu e Palestino hoje são uma realidade no Oriente Médio, embora com dificuldades políticas, onde Israel possui suas facções radicais religiosas e partidos políticos fortes, enquanto a Palestina consta com grupos paramilitares como o Hesbolah, Hamas e Jirad, que com opiniões contrárias e governo central torna a autoridade palestina com um poder descentralizado sem contar com pressões externas de países como Irã, Iraque e Líbia que sempre foram a favor da anulação do Estado Judeu no Oriente Médio.

SOCIEDADE BRASILEIRA: UMA HISTÓRIA/A INVERSÃO DO SISTEMA COLONIAL

O processo que culminou co o fim do Sistema Colonial no Brasil de certa forma teve participação direta dos ingleses, há vários anos Portugal mantinha acordos e tratados de comércio com a Inglaterra.
O autor nos mostra que o sistema absolutista com traços do Feudalismo que ainda imperava em Portugal fazia dele um país meramente agrícola e dependente do mercantilismo referente a exploração das colônias principalmente do Brasil. Suas cidades não tinham estrutura e serviam basicamente de mercados circuladores de mercadoria, a maioria da população vivia e dependia da agricultura alem disso eram explorados por impostos altos para manter o luxo da Corte.
Com a ascensão de Napoleão que começou a conquistar vários países e tendo o mesmo sido derrotado pela esquadra inglesa, a França decretou um Bloqueio Continental com o intuito de prejudicar o comercio a indústria inglesa. Nesse meio ficou Portugal que dependia do comercio com a Inglaterra e temia uma invasão napoleônica, desse impasse e sem ver uma saída pra solucionar a questão a Corte Portuguesa resolveu colocar em prática um velho plano de que se caso houvesse alguma ameaça de invasão e conquista de Portugal a Corte se transferiria para o Brasil e assim o fez com o apoio marítimo da temida esquadra inglesa.
Esse apoio não foi de graça, pelo serviço prestado a Inglaterra obteve diversas vantagens no comercio com o Brasil como, privilégios nas cobranças de impostos e permissão para comprar diretamente nos portos sem a intermediação da Coroa Portuguesa.
Fica claro também na visão do autor que em termos de estruturação política e econômica a vinda da Coroa para o Brasil foi de extrema importância, pois passou do posto de Colônia para Metrópole. Mas isso também trouxe alguns problemas um deles era como abrigar cerca de 15 mil pessoas vidas com o Príncipe Regente. Sem fontes de renda o dinheiro provinha dos impostos que aumentavam cada vez mais, sem dizer na desapropriação de casa para alojar os portugueses.
A princípio para os produtores brasileiros a possibilidade de se comercializar livremente foi visto como uma grande vantagem que foi aos poucos sendo tolhidos pelo aumento nos preços, os baixos preços de venda e os autos preços na hora de se comprar os produtos principalmente ingleses.
Quanto ao Império Português nos é relato no texto que a vinda para o Brasil fez com que eles colocassem em prática velhos desejos territoriais como o de conquistar a Guiana Francesa e da Colônia de Sacramenta, numa forma de também fazer retaliações a França e a sua aliada Espanha, e assim o fez tomando os dois territórios, alguns anos depois veio a devolver os mesmos cumprindo a determinação do Tratado de Genebra.
A cultura também é bem explora no ponto de vista do autor houve na Cultura várias mudanças ocorreram, com a introdução da biblioteca nacional e também se deu inicio a imprensa no Brasil. Mas a esfera cultural não se restringiu à apenas literatura e sim em todas as esferas vária pintores vieram para o Brasil o mais famoso deles foi Debret que tinha a incumbência de retratar a Família Real no Brasil, porém passou a retratar o cotidiano da vida do povo brasileiro num estilo bem realista. A música também teve seu destaque, ou seja, culturalmente houve introdução de todas as áreas.
É-nos passado que cada vez mais a independência do Brasil estava próxima e mais um passo foi dado com a elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves, em 1815, o que consolidou de fez a inversão do Sistema Colonial, isso cada vez mais descontentava o povo de Portugal que exigia a volta da Coroa e o retorno do Pacto Colônia, quanto ao Pacto sua reversão foi impossível, pois os brasileiros eram contra e nesse impasse os brasileiros saíram vencedores.
Em meio a todos os acontecimentos houve mais uma Conjuração a Pernambuco, e clarividente na exposição feita pelo autor que os pernambucanos descontentes com os impostos cobrados para manterem a Corte e pela exploração a que eram submetidos também mediante aos comerciantes portugueses os proprietários de terras com apoio de diversas classes principalmente dos padres e soldados, todos eles descontentes com a exploração e pelos privilégios dado aos portugueses reinos.
Em meio a tudo isso eles elaboraram uma ação de tomada ao Governo da Província, e após conspirarem e articularem a revolução foi colocada em pratica, um pouco antes do previsto devido a um incidente, porem foram bem sucedidos e conseguiram assumir plenamente o Governo. Tentando aumentar e fortalecer o “Estado” por eles conquistado mandaram mensageiros a províncias vizinhas tentando aderi-las a causa.
Por alguns dias houve a construção de uns Pais dentro do Brasil, porém havia dentre eles também algumas divergências principalmente no que se diz respeito à proclamação da abolição dos escravos que era pregada como ideal, mas que não foi colocada em prática. Diante desta situação a Corte mais uma vez reagiu desta vez de forma mais violenta mandou uma esquadra se posicionar próximo as praias pernambucanas e fez com que os portos fossem fechados sem poder receber suprimentos, armas e munições e também sendo atacados por terra foram derrotadas várias pessoas forma pressa e executadas, um fato que chama a atenção pela crueldade e como forma de impor o respeito ate pessoas que faziam parte da Conjuração e que haviam se suicidados foram desenterrados esquartejados e pregados em postes como forma de impor o respeito e o medo a população.
Diante de todos os acontecimentos o autor nos trás a luta desesperada do povo de Portugal em conseguir o retorno da Coroa para o pais e a retomada do Sistema Colonial, parte foi conseguido no Congresso de Viena onde ficou determinado o retorna da Coroa à Portugal, porem o Sistema Colonial jamais foi restabelecido.
A disputa entre brasileiros e portugueses continuavam com a Revolução do Porto, vários conflitos foram gerados aqui no Brasil, onde os liberais e absolutistas que faziam imposições e aumentava cada vez mais o antagonismo entre brasileiros e portugueses. Houve várias rebeliões principalmente dentro de quartéis. Porém de certo modo nem mesmo os portugueses que vieram junto com a Família Real queriam retornar a Portugal, pois tinham conseguido adquirir propriedades e viviam de certa forma muito bem no Brasil.
Vários outros fatos nos são mostrado pelo autor onde ele espessa seus pontos de vista, mas o importante de tudo é que mesmo com tantos atropelos impasse e conflitos o processo de Independência do Brasil estava encaminhado e era de caráter irreversível tanto que pouco tempo após ter deixado o à Corte o Brasil ele veio à tona e aconteceu de forma pacifica, com acordo e tratados políticos.
Todo esse processo constituído de erros e acertos infelizmente sempre privilegiou uma única classe seja ela brasileira ou portuguesa, que foi a elite, mesmo após a Independência os escravos continuaram escravos e os pobres sendo explorados pelos ricos. Os acordos e conchavos políticos que mediaram e formularam o documento de Independência Brasileira foi moldado pelos políticos e pessoas influentes que só pensaram neles e em como tirariam proveito desta liberdade.